Investing.com - No começo da tarde desta quinta-feira na bolsa paulista, as ações da Azul (SA:AZUL4) operam com ganhos de 2,61%, negociadas a R$ 24,00. A companhia divulgou o balanço do segundo trimestre do ano e também a prévia operacional do mês de julho, dando sinais positivos ao mercado.
A Coinvalores observa que a Azul teve trimestre positivo, a despeito dos desafios. Mesmo considerando os efeitos da greve dos caminhoneiros e a alta do dólar e do preço do combustível, a companhia conseguiu reportar números satisfatórios, com bom avanço no top line (impactado em R$ 51,2 milhões pela greve).
O custo com combustível saltou 35,4% na comparação anual, pressionando as margens da companhia, ainda assim, a Azul conseguiu entregar lucro líquido nesse trimestre contra um prejuízo no mesmo período do ano passado, se desconsiderarmos o efeito (que é apenas contábil) da venda de E-jets nesse 2T18.
A XP Investimentos destaca os dados operacionais fortes de julho, que reforçam a tendência de racionalidade que temos observado no setor. O mercado local teve crescimento de 16,2% na demanda (RPK) e de 15,8% na oferta (ASK) em julho, resultando em taxa de ocupação 0,3 p.p. maior na comparação com 2017 (de 85,4%).
No mercado internacional houve aumento de cerca de 44% na demanda e de aproximadamente 41% na oferta, levando a taxa de ocupação 2,2 p.p. maior. No acumulado dos sete meses do ano, a demanda consolidada cresce 16,5% e a oferta 16,2%, levando a uma taxa de ocupação 0,2 p.p. maior.
A corretora mantém recomendação neutra para as ações da Azul.
Resultado
A Azul teve prejuízo líquido de 45 milhões de reais no segundo trimestre, ante prejuízo de 38,6 milhões no mesmo período de 2017, informou a terceira maior companhia aérea do país nesta quinta-feira.
A empresa destacou que o lucro ajustado após itens não recorrentes, foi de 283,3 milhões de reais, no trimestre, recorde para a empresa. No período, a empresa elevou em 15,5 por cento o preço médio das passagens sobre o segundo trimestre do ano passado.
Segundo a Azul, a greve dos caminhoneiros causou 51,2 milhões de reais em receita perdida no período.
O resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e leasing (Ebitdar) ajustado de 521,4 milhões de reais, avanço de 10,9 por cento ante o mesmo período do ano anterior.