Investing.com - Apesar de registrar queda no lucro do quarto trimestre de 53%, para R$ 138 milhões, as ações da Azul (SA:AZUL4) operam com valorização de 2,27% na parte da manhã desta quinta-feira na bolsa paulista. A companhia teve Ebitda de R$ 762,7 milhões nos três últimos meses de 2018, aumento de 14,5% no comparativo anual. A margem cresceu 0,2 ponto percentual, a 30,7 por cento.
O chamado resultado operacional (Ebit) foi de cerca de 283 milhões de reais, queda de cerca de 5 por cento na relação anual, pressionado por desvalorização de 17,3 por cento do real e do aumento de 37,2 por cento no preço do combustível.
Segundo a Azul, o indicador de custo "Cask" sem incluir combustível caiu 8,1 por cento no quarto trimestre sobre um ano antes, para 19,27 centavos de real. O indicador de preços de passagens foi de 37,99 centavos de real no quarto trimestre, queda de 1 por cento na comparação anual.
A Azul terminou 2018 com 4 bilhões de reais em liquidez total. A dívida total somava 3,4 bilhões de reais e a alavancagem permaneceu estável em 4,2 vezes, considerando dívida líquida ajustada sobre Ebitda.
Para a Coinvalores, os números foram sólidos, mesmo com pressão nas margens. O preço do combustível de aviação pressionou as margens da companhia nesse trimestre, fruto de um preço médio do petróleo mais alto que o do 4T17 e a variação cambial entre os períodos, com desvalorização do real.
Para os analistas, esse efeito, todavia, já era esperado, e ainda foi parcialmente compensado por um bom controle de custos. Para 2019, a Azul estima que sua oferta de assentos deve crescer entre 18% e 20%, com destaque para a oferta internacional, seus custos por assento devem cair entre 1% e 3% e a margem operacional deve ficar entre 18% e 20%, projeções positivas que devem ser bem recebidas pelo mercado.
Com Reuters.