SÃO PAULO (Reuters) - A Azul (SA:AZUL4) teve prejuízo líquido de 45 milhões de reais no segundo trimestre, ante prejuízo de 38,6 milhões no mesmo período de 2017, informou a terceira maior companhia aérea do país nesta quinta-feira.
A empresa destacou que o lucro ajustado após itens não recorrentes, foi de 283,3 milhões de reais, no trimestre, recorde para a empresa. No período, a empresa elevou em 15,5 por cento o preço médio das passagens sobre o segundo trimestre do ano passado.
Segundo a Azul, a greve dos caminhoneiros causou 51,2 milhões de reais em receita perdida no período.
O resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e leasing (Ebitdar) ajustado de 521,4 milhões de reais, avanço de 10,9 por cento ante o mesmo período do ano anterior.
A empresa também anunciou mudanças na suas previsões para o ano por conta das variações do câmbio e dos preços dos combustíveis de aviação. A Azul agora espera um crescimento da oferta neste ano de 16 a 18 por cento ante expectativa anterior de avanço de 17 a 20 por cento. O número de decolagens foi reduzido de expansão de 3 a 4 por cento para alta de 2 a 3 por cento.
Já a margem operacional prevista pela Azul para o ano é de 9 a 11 por cento, uma redução ante a previsão anterior de 11 a 13 por cento, excluindo eventos não recorrentes.
"Continuaremos o processo de substituição de aeronaves de antiga geração por A320neos, que representaram 14 por cento dos nossos ASKs (oferta) em 2017 e deverão representar 27 por cento da nossa capacidade total em 2018", disse o presidente-executivo da Azul, John Rodgerson, em comunicado.
A Azul espera que o custo excluindo gastos com combustível caia de 1 a 3 por cento este ano ante previsão anterior de queda de 2 a 4 por cento.
As ações da Azul subiam 1,11 por cento, a 23,64 reais, às 10:27. O Ibovespa mostrava alta de 0,17 por cento no horário.
(Por Alberto Alerigi Jr.)