Por Gabriel Codas
Investing.com - A Azul (SA:AZUL4) informou na manhã desta terça-feira que o tráfego de passageiros consolidado (RPKs) diminuiu 24,6% em relação a março de 2019, frente a uma redução de 17,2% na capacidade (ASKs), resultando em uma taxa de ocupação de 73,5%, 7,3 pontos percentuais abaixo que o mesmo período de 2019.
Seguindo a tendência positiva dos mercados, as ações da aérea somavam 11,47% a R$ 17,39 por volta das 10h27 desta terça-feira. O Ibovespa hoje disparava pelo segundo pregão consecutivo, com alta de 7,53% a 79.652 pontos. Apesar do ruído político com a disputa entre presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, o principal índice acionário brasileiro segue o apetite ao risco do exterior, com investidores animados com desaceleração de casos reportados de coronavírus.
No primeiro trimestre do ano, no entanto, o resultado ainda segue positivo no tráfego, um avanço de 10,8% na comparação anual, com a capacidade avançando 12,0% também na relação dos três primeiros meses de 2019 e 2020. Assim a taxa de ocupação do primeiro trimestre caiu 0,9 ponto percentual para 81,0%.
A maior queda na taxa de ocupação em março foi nos voos internacionais, recuo de 10,4 pontos percentuais para 69,8%. Nesse segmento, o tráfego recuou 34,8% na comparação entre os meses de março.
“Durante as duas primeiras semanas de março, nós vimos tendências saudáveis de demanda, com o tráfego de passageiros aumentando 20% na comparação anual. Desde então, reagimos rapidamente às mudanças no mercado decorrentes da pandemia do Covid-19, com a capacidade total caindo mais de 50% ano contra ano nas últimas duas semanas do mês. De 25 de março a 30 de abril, esperamos operar 70 voos diretos por dia para 25 cidades, o que representa uma redução de 90% da capacidade total em relação ao ano passado”, disse John Rodgerson, CEO da Azul.
Antecipação de recebíveis
Diante da necessidade de liquidez por causa da queda da demanda e redução do número de voos, a Azul solicitou à Rede antecipação de recebíveis de cartão de crédito para minimizar os efeitos negativos do coronavírus sobre seus negócios, segundo informa a coluna Broadcast do jornal O Estado de S.Paulo.
A companhia aérea teria solicitado em alguns milhões de reais referentes a vendas de passagem aérea à adquirente do Itaú Unibanco. A aérea tem mais de R$ 1 bilhão em recebíveis disponíveis.