Investing.com – Analistas esperam um balanço robusto do Banco do Brasil (BVMF:BBAS3), que divulga dados trimestrais nesta quarta, 07, após o fechamento de mercado, com rentabilidade elevada, mas baixa evolução trimestral. Rentabilidade, provisões e guidance devem ser monitorados de perto e podem guiar os papéis na sessão posterior.
“O bom é inimigo do ótimo”, acredita a Genial Investimentos, que estima pouco incremento no lucro líquido do Banco do Brasil, ainda que o indicador siga em patamar robusto, chegando a R$9,4 bilhões.
“Apesar da pequena evolução, a rentabilidade (ROE) deve continuar em níveis atrativos em 20,6%, ficando ainda bem acima de alguns incumbentes privados como Bradesco (BVMF:BBDC4) e Santander (BVMF:SANB11)”, aponta a Genial, que possui indicação de compra para a ação, com preço-alvo de R$34.
A XP (BVMF:XPBR31) enxerga uma ligeira aceleração da carteira de crédito, concentrada nas linhas em que o banco tem vantagem competitiva, com destaque para o crédito consignado. As projeções são de lucro líquido de R$9,0 bilhões no segundo trimestre, com um retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) de 21,3%.
“Apesar das preocupações com uma desaceleração mais forte do que o previsto no setor de agronegócios e menor apetite ao risco, prevemos uma aceleração moderada no trimestre na carteira de empréstimos do banco, alinhando-se com o ponto médio de sua faixa de orientação de 8% a 12%”.
Operações de empréstimo mais suaves e pressões nas provisões devem ser monitorados de perto, segundo a XP, pois uma revisão para cima da orientação pode afetar as ações. A XP possui compra no papel, com preço-alvo de R$37.
O Itaú BBA vê receitas a R$35,082 bilhões, lucro de R$9,646 bilhões e um ROE de 21,2%. “Esperamos que a orientação do BB para o exercício de 24 seja revisada para um impacto líquido-neutro nos lucros”, apontam os analistas, que possuem indicação market perform, equivalente à neutra, com preço-alvo de R$31.
Banco do Brasil no primeiro trimestre
O lucro líquido ajustado do Banco do Brasil alcançou R$9,3 bilhões no primeiro trimestre deste ano, um acréscimo de 8,8% em relação ao mesmo período do ano passado, mas um recuo de 1,5% na comparação sequencial. O retorno sobre o patrimônio líquido atingiu 21,7% no trimestre, caindo contra os 22,5% no 4T23, mas um ganho frente aos 21% no 1T23.
Junto com o balanço, o banco divulgou guidance do ano, em que espera lucro líquido ajustado entre R$37 bilhões e R$40 bilhões, margem financeira bruta com crescimento entre 7% e 11%, expansão das despesas administrativas entre 6% e 10%, e das receitas de prestação de serviços entre 4% e 8%. Para a carteira de crédito, o banco entende que a alta deve ficar entre 8% e 12%, com diferenças entre os setores de pessoas físicas, jurídicas, agronegócio e sustentável.
Fonte: Release de resultados do primeiro trimestre
Panorama do Banco do Brasil
O lucro por ação (LPA) do Banco do Brasil deve chegar a R$1,61 no segundo trimestre deste ano, com receitas de R$34,85 bilhões estimadas para a instituição financeira, de acordo com o InvestingPro, plataforma premium do Investing.com
O Banco do Brasil elevou dividendos por três anos seguidos, e a ação é negociada com índice de preço por lucro baixo em relação aos resultados no curto prazo, de acordo com o InvestingPro. Além disso, as Protips, insights de inteligência artificial (IA) com base em indicadores fundamentalistas, apontam que a ação é negociada com baixa volatilidade nos preços. No entanto, sofre com margens fracas de lucro bruto e dois analistas revisaram para baixo suas estimativas de resultado para o próximo período.
A pontuação geral de saúde financeira é de 2,88, de acordo com o InvestingPro, acima da média de 2,75, ou nota C, com classificação boa.
O preço-justo das ações do Banco do Brasil é de R$35,41, de acordo com o InvestingPro, em linha com o alvo de 14 analistas, que é de R$35,28. Os modelos do InvestingPro vão desde R$27,97 a R$50,98, enquanto analistas estimam entre R$31 e R$45.