SÃO PAULO (Reuters) - O Banco do Brasil (SA:BBAS3) afirmou nesta quinta-feira que avançará com cortes de custos neste ano, apesar de uma rusga recente entre o presidente-executivo André Brandão e o presidente Jair Bolsonaro sobre fechamento de agências.
O banco estimou seu lucro líquido recorrente entre 16 bilhões de reais e 19 bilhões de reais, ante 12,7 bilhões de reais no ano passado.
No mês passado, Bolsonaro ameaçou demitir Brandão, após este anunciar um plano para economizar 2,7 bilhões de reais até 2025, incluindo o fechamento de 361 agências e cerca de 5 mil demissões voluntárias.
Brandão manteve o emprego, mas não está claro se seu plano continua intacto depois que o desacordo se tornou público.
A confirmação da iminência de algum tipo de corte de custos veio no dia em que o BB registrou lucro líquido recorrente de 3,695 bilhões de reais no quarto trimestre, superando as estimativas, mas 30,1% abaixo do ano anterior. O banco foi atingido por provisões mais altas para empréstimos inadimplentes em meio à pandemia do coronavírus.
Seu retorno sobre o patrimônio líquido foi de 12,1%.
Para 2021, o banco vê sua carteira de crédito crescer entre 8% e 12%, contra 9% no ano passado. Mas a receita de taxas ainda pode diminuir em relação ao ano passado.
(Por Carolina Mandl)