Em um movimento significativo para combater o crime econômico, sete bancos do Reino Unido, incluindo Barclays (LON:BARC), NatWest e Lloyds, firmaram acordos de compartilhamento de dados com a National Crime Agency (NCA). Essa colaboração visa combater o fluxo de "dinheiro sujo" e desmantelar redes criminosas, aproveitando os dados dos clientes para identificar possíveis atividades ilegais.
A iniciativa da NCA, que entrou em operação em maio, envolve parcerias voluntárias com Santander, TSB, Metro Bank e Starling Bank. O projeto provou ser frutífero, pois já identificou oito novas redes criminosas suspeitas de usar indevidamente o sistema financeiro.
De acordo com Adrian Searle, diretor do Centro Nacional de Crimes Econômicos da NCA, o objetivo fundamental do esforço colaborativo é unir as forças policiais, o governo, os reguladores e o setor privado na luta contra o crime econômico.
Searle revelou que três dessas redes foram encaminhadas à divisão de inteligência da NCA para uma investigação mais aprofundada, e o projeto gerou novas informações associadas a 10 das principais investigações da agência, embora detalhes específicos não tenham sido fornecidos.
Esta iniciativa faz parte dos esforços intensificados do Reino Unido para combater o crime econômico, que se estima custar ao país até £ 350 bilhões anualmente. A urgência de abordar essa questão foi destacada após a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022, que expôs como o Reino Unido estava sendo usado por cleptocratas e criminosos para lavar e ocultar fundos ilícitos.
O programa, previsto para durar até outubro, tem funcionários do banco trabalhando ao lado da NCA para formar uma equipe especializada. Essa equipe, composta por 15 a 20 oficiais de inteligência, cientistas de dados e analistas, tem a tarefa de examinar os movimentos de dinheiro indicativos de atividade criminosa, garantindo que os clientes legítimos não sejam afetados.
Apesar da sensibilidade em torno do compartilhamento de dados de clientes devido às leis europeias de proteção de dados e privacidade, a NCA e os bancos participantes enfatizam que só trocam dados que mostram vários sinais claros de crime econômico. As equipes jurídicas dos bancos confirmaram que todo o compartilhamento de dados segue um nível aceitável de risco, alinhando-se com as obrigações legais de detectar e prevenir danos financeiros.
A iniciativa se baseia em um piloto anterior realizado entre a NCA, NatWest e Lloyds de outubro de 2021 a fevereiro de 2022. Este piloto teve como objetivo avaliar a eficácia da fusão de dados bancários e criminais para identificar e interromper o crime econômico, levando a uma prisão e acusação.
Embora o número de contas identificadas seja uma pequena fração do total no Reino Unido, a NCA vê esses testes como trampolins para a utilização de dados para insights de prevenção ao crime em tempo real.
A Autoridade de Conduta Financeira (FCA) está observando o projeto, que tem sido um fator crucial na disposição dos bancos em participar do piloto. O objetivo final desses esforços é estabelecer uma estrutura que permita o uso proativo de dados para combater o crime econômico de forma eficaz.
A Reuters contribuiu para este artigo.Essa notícia foi traduzida com a ajuda de inteligência artificial. Para mais informação, veja nossos Termos de Uso.