Investing.com - A notícia de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, prepara com a sua equipe o processo que pode levar à privatização do Banco do Brasil (SA:BBAS3) levou à valorização das ações da instituição nos primeiros negócios da manhã desta terça-feira na bolsa paulista. As informações sobre a eventual privatização são da edição de hoje do jornal O Globo.
Desta forma, os papéis registravam ganhos de 1,88% a R$ 45,35, por volta das 10h20.
De acordo com a publicação, o primeiro passo nesse procedimento será convencer o presidente Jair Bolsonaro. Apesar disso, as informações são de que a venda do banco público não deve acontecer no curto prazo, com a data estimada até o final de 2022, quando termina o atual mandato do presidente. Procurado pela reportagem d'O Globo, o Ministério da Economia informou que o governo “não pretende privatizar Banco do Brasil (SA:BBAS3), Caixa e Petrobras (SA:PETR4)”.
Mesmo assim, a reportagem destaca que internamente o assunto já é discutido no governo, com a venda do BB (SA:BBAS3) sendo abordada em reunião do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), que aconteceu há duas semanas.
Uma das fontes disse ao jornal que a ideia de Guedes é já colocar o banco na lista de privatizações que será enviada ao Congresso em 2020, deixando a lista mais recheada. Entre os defensores da proposta estaria o presidente do BB (SA:BBAS3), Rubem Novaes, que já declarou que a privatização é inevitável.
O Globo cita ainda entrevista concedida ao jornal por Guedes no final de semana, que disse que uma das privatizações que o governo pretende realizar pode render R$ 250 bilhões, que só seria possível alcançar de forma potencial com uma possível venda do Banco do Brasil (SA:BBAS3) ou da Petrobras (SA:PETR4).
O jornal lembra ainda que Guedes sempre manifestou o desejo de vender todas as estatais, mas sabe das dificuldades políticas e burocráticas para atingir esse objetivo. Por isso, emissários do ministro começaram a sentir o clima do Congresso sobre como determinadas privatizações seriam recebidas pelos parlamentares.
Um dos pontos delicados é para privatizar uma estatal é necessária a aprovação de uma lei específica, sendo que a avaliação da equipe do governo é que não haveria tanta resistência para a venda do BB (SA:BBAS3), como existiria no caso da Caixa.