Por Jeff Mason e Steve Holland
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta segunda-feira que o breve levante de mercenários russos contra o Kremlin é parte de uma luta interna do sistema russo, e que os Estados Unidos e seus aliados não estão envolvidos nisso.
"Deixamos claro que não estávamos envolvidos, não tínhamos nada a ver com isso", disse Biden em seus primeiros comentários sobre a revolta dos mercenários do Grupo Wagner, que fracassou no fim de semana.
Em um evento na Casa Branca, Biden abordou a dramática luta pelo poder que eclodiu no fim de semana, quando os amotinados avançaram em direção a Moscou apenas para parar antes de chegar à capital.
Biden disse que instruiu sua equipe de segurança nacional a atualizá-lo sobre a situação "de hora em hora" e a se preparar para uma série de cenários, que não detalhou.
Os serviços de inteligência russos estão investigando se as agências de espionagem ocidentais desempenharam um papel no motim abortado, disse a agência de notícias Tass, citando o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, nesta segunda-feira.
Biden disse que falou com aliados importantes em uma videoconferência para garantir que todos estivessem na mesma página e coordenados em sua resposta.
"Eles concordaram comigo que tínhamos que garantir que não daríamos (ao presidente russo, Vladimir) Putin nenhuma desculpa - não daríamos nenhuma desculpa a Putin - para culpar o Ocidente e a Otan", disse ele.
(Reportagem de Jeff Mason e Steve Holland)