Blinken diz que países árabes não estão interessados ​​em reconstruir Gaza se ela for "arrasada" novamente

Publicado 16.01.2024, 15:05
Atualizado 16.01.2024, 16:10
© Reuters. Soldado israelense sobe em tanque em Gaza em vista a partir de Israel
16/01/2024
REUTERS/Amir Cohen

(Corrige tradução para "arrasada" no título e no texto)

Por Humeyra Pamuk

(Reuters) - Os países árabes não estão interessados ​​em se envolver na reconstrução de Gaza se o enclave palestino for "arrasado" novamente em alguns anos e enfatizam a importância da criação de um Estado palestino para qualquer acordo regional, disse o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, nesta terça-feira.

Blinken disse, em entrevista à CNBC em Davos, Suíça, que havia uma "nova equação" no Oriente Médio em que os vizinhos árabes e muçulmanos de Israel estariam preparados para integrar Israel na região, mas igualmente empenhados em um caminho para um Estado palestino.

Ele disse que tanto os Estados árabes como Washington acreditam que até que essa questão seja abordada, nem Israel nem a região terão paz, estabilidade e segurança.

"Você tem que resolver a questão palestina", disse Blinken. "Os países árabes estão dizendo isso... 'Olha, não vamos entrar no negócio, por exemplo, de reconstruir Gaza apenas para vê-la arrasada novamente em um ano ou cinco anos e então sermos solicitados a reconstruí-la novamente'."

"Estamos em uma situação em que, mais uma vez, os países árabes, incluindo países como a Arábia Saudita, estão preparados para fazer coisas na sua relação com Israel que nunca estiveram preparados para fazer antes. Isso abre um futuro completamente diferente, um futuro muito mais seguro."

"Em termos da própria segurança de Israel -- da parte árabe da equação e da paz palestina – esse é o caminho para uma segurança verdadeiramente duradoura", disse Blinken.

Também em Davos, o ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita disse que o reino poderia reconhecer Israel se fosse alcançado um acordo abrangente que incluísse a criação de um Estado para os palestinos.

Na sua última viagem ao Oriente Médio, há apenas uma semana, Blinken havia levado a Israel um esboço de acordo em que seus vizinhos predominantemente muçulmanos ajudariam a reabilitar Gaza após a guerra e a continuar a integração econômica com Israel, mas apenas se os israelenses se comprometessem a eventualmente permitir a criação de um Estado palestino independente.

As conversas mediadas pelos EUA sobre um Estado palestino em território agora ocupado por Israel fracassaram há quase uma década. Os líderes de direita da atual coalizão que governa Israel opõem-se à criação de um Estado palestino.

A guerra em Gaza começou quando militantes do Hamas invadiram o sul de Israel em 7 de outubro, matando 1.200 pessoas e fazendo 240 reféns. Israel diz que mais de 130 permanecem em cativeiro.

Israel respondeu ao ataque do Hamas com um cerco, bombardeios e invasão terrestre de Gaza que devastou o pequeno território costeiro e matou mais de 24 mil pessoas, segundo autoridades de saúde de Gaza.

(Reportagem de Humeyra Pamuk)

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