PARIS (Reuters) - O BNP Paribas (PA:BNPP), maior banco listado da França, reportou nesta sexta-feira queda menor que a esperada no lucro líquido do segundo trimestre, beneficiado por cortes de custos e receita mais forte na divisão de banco de investimentos.
A instituição tem reformulado negócios e reduzido custos, conforme investe para digitalizar mais funções e diversificar as atividades com foco em financiamento ao consumidor e gestão de ativos, para proteger os lucros do ambiente de juros menores.
"O CIB (banco institucional e corporativo) teve um trimestre muito bom", afirmou o BNP Paribas, após reportar queda de 6,4 por cento no lucro líquido do período, a 2,396 bilhões de euros.
O resultado superou a média das estimativas num levantamento da Reuters com cinco analistas, de 1,91 bilhão de euros.
A receita do CIB cresceu 4,6 por cento, conforme uma alta de 25,8 por cento em negociações de ações e serviços prime ajudaram a compensar a queda de 15,9 por cento na receita com renda fixa.
O BNP escolheu desenvolver uma estratégia para clientes corporativos na Europa, chamada de "One Bank", por meio da qual foca na venda entre divisões e visa oferecer uma ampla variedade de produtos, de modo a ganhar fidelidade das companhias.
A receita do segmento corporativo subiu 13,5 por cento no segundo trimestre, impulsionada pelo crescimento em gestão de capital e finanças.
As despesas do CIB encolheram 6 por cento devido às medidas para corte de despesas implementadas como parte do plano de transformação do banco lançado no começo de 2016, destinado a melhorar o retorno sobre patrimônio líquido antes de impostos para 19 por cento em 2020, ante 13,3 por cento em 2016.
Em geral, a receita do BNP Paribas recuou para 10,94 bilhões de euros, ante 11,32 bilhões de euros na mesma etapa do ano passado, quando reportou ganho extraordinário de capital de 597 milhões de euros decorrente da venda de fatia na Visa Europe.
A receitas superou os 10,84 bilhões de euros esperados por analistas, conforme resultados mais fortes nas divisões corporativa e institucional, bem como em serviços financeiros internacionais, ajudaram a compensar o declínio do faturamento com varejo bancário na Europa.
(Por Maya Nikolaeva e Julien Ponthus)