Diante dos sinais de recuperação da indústria em relação à pandemia da covid-19, a Boeing (NYSE:BA) (SA:BOEI34) revisou para cima sua projeção de demanda do mercado global na próxima década, para US$ 9 trilhões. A previsão considera o segmento de serviços e produtos que a fabricante norte-americana tem atuação. Há um ano, a companhia estimava um mercado de US$ 8,5 trilhões e, em 2019, período pré-pandemia, US$ 8,7 trilhões.
"À medida que nossa indústria se recupera e continua a se adaptar para atender às novas necessidades globais, continuamos confiantes no crescimento de longo prazo do setor aeroespacial", disse em comunicado o diretor de estratégia da Boeing, Marc Allen. "Estamos encorajados pelo fato de que os cientistas aplicaram vacinas mais rapidamente do que se pode imaginar e que os passageiros estão demonstrando grande confiança nas viagens de avião."
A companhia projeta uma demanda global de 19.000 aviões comerciais nos próximos 10 anos, somando US$ 3,2 trilhões. Para os próximos 20 anos (até 2040), a Boeing projeta demanda por mais de 43.500 novos aviões, avaliados em US$ 7,2 trilhões, um aumento de cerca de 500 unidades em relação à previsão do ano passado.
A projeção leva em consideração o aumento da demanda por cargueiros dedicados, incluindo modelos novos e convertidos. Com isso, a frota global de cargueiros em 2040 será 70% maior do que a pré-pandêmica, informa o comunicado.
Segundo a Boeing, o tráfego de passageiros deve aumentar em média 4% ao ano, estimativa inalterada em relação ao ano passado.
Serviços
A Boeing prevê um mercado de serviços no valor de US$ 3,2 trilhões na próxima década. Soluções digitais, incluindo ofertas de análises, modificações de interiores e conversões de cargueiros, serão os destaques no longo prazo, de acordo com a fabricante.
A norte-americana projeta também que o mercado de defesa permanece de acordo com a previsão do ano passado, de US$ 2,6 trilhões para a próxima década. "Mercados grandes e estáveis têm uma demanda duradoura impulsionada por desafios geopolíticos e de segurança. Esta projeção continua refletindo a importância contínua de aeronaves militares, sistemas autônomos, satélites e outros produtos para a defesa nacional e internacional, com 40% dos gastos previstos para ser originados fora dos Estados Unidos", diz o comunicado.