Por Joey Roulette
WASHINGTON (Reuters) - A Boeing (NYSE:BA) entrou em desentendimento com a Aerojet Rocketdyne, um fornecedor essencial para a espaçonave Starliner, em um momento em que corre para executar o lançamento teste da cápsula não tripulada e reparar sua reputação no setor espacial, disseram fontes com conhecimento do assunto.
O CST-100 Starliner está programado para ser lançado em 19 de maio na Flórida no topo de um foguete Atlas 5 com destino à Estação Espacial Internacional. A Boeing precisa mostrar à agência espacial norte-americana (Nasa) que a espaçonave é segura para transportar astronautas para o posto avançado em órbita. Falhas de software interromperam um voo de teste sem tripulação em 2019.
Boeing e Aerojet estão em desacordo sobre a causa de um problema envolvendo válvulas de combustível no sistema de propulsão Starliner que forçou o adiamento de um voo de teste em julho passado, com as duas empresas se culpando, disseram as fontes.
A Boeing afirmou em comunicado que pretende redesenhar o sistema de válvulas do Starliner para evitar a repetição do problema que forçou o adiamento do voo de teste do ano passado.
A Nasa espera que a Boeing possa fornecer opções adicionais para transportar astronautas para a estação espacial. Em março, a agência espacial concedeu à SpaceX, de Elon Musk, mais três missões para compensar os atrasos da Boeing.
“Os testes para determinar a raiz do problema de válvulas estão completos”, disse a Boeing, que afirmou não ter encontrado os problemas descritos pela Aerojet.
A Boeing também disse que a Aerojet não cumpriu requisitos contratuais para tornar o sistema de propulsão resiliente o suficiente para resistir aos problemas causados pelas reações químicas do combustível.
Nasa, Boeing, Aerojet e consultores independentes devem se reunir nesta semana para alcançarem um acordo sobre a causa dos problemas e decidir se um reparo temporário vai funcionar.