A Boeing Co (NYSE:BA) está implementando um congelamento nas contratações e considerando licenças temporárias enquanto enfrenta uma greve de mais de 30.000 trabalhadores que começou na última quinta-feira. A greve paralisou a produção da série de aeronaves 737 da empresa, em um momento crítico, já que a Boeing pretendia acelerar as linhas de montagem. As negociações devem ser retomadas hoje com a liderança do sindicato, após uma oferta anterior ter sido rejeitada.
O Diretor Financeiro da Boeing, Brian West, expressou a urgência da situação em uma carta aos funcionários na segunda-feira, afirmando que a greve compromete significativamente a recuperação da empresa e exige ações para preservar o caixa e salvaguardar o futuro. A empresa também interromperá a maioria dos pedidos de compra de fornecedores para os programas 737, 767 e 777, excluindo o 787 Dreamliner, uma medida que deve ter um impacto substancial na indústria aeroespacial.
A greve ocorre em um momento em que a Boeing já está lidando com problemas de segurança e produção, incluindo um incidente em janeiro, quando um painel de porta se soltou de um 737 MAX em pleno voo. A empresa atualmente está sobrecarregada com uma dívida de US$ 60 bilhões. A S&P Global Ratings observou na segunda-feira que uma greve prolongada poderia ser custosa para a Boeing, que já está em uma posição financeira difícil. No entanto, uma greve mais curta poderia ser administrável sem levar a uma ação de classificação negativa.
A International Association of Machinists and Aerospace Workers (IAM) rejeitou uma oferta que propunha um aumento salarial de 25% ao longo de quatro anos, mas eliminava um bônus anual de desempenho. O sindicato havia inicialmente solicitado um aumento salarial de 40%. Os líderes sindicais devem se reunir com mediadores federais e a Boeing hoje, com esperanças de negociar uma melhor oferta salarial e possivelmente maiores contribuições da empresa para a pensão.
Os membros do sindicato nos piquetes permanecem otimistas quanto à obtenção de um acordo mais favorável da Boeing, embora as expectativas de uma resolução rápida sejam baixas. A greve atual é a oitava desde que o braço da Boeing na IAM foi estabelecido na década de 1930, com as duas últimas greves em 2008 e 2005 durando 57 e 28 dias, respectivamente. Os trabalhadores em greve, que não receberão salários durante a paralisação, mas receberão US$ 250 por semana do sindicato, estão se preparando para uma disputa prolongada com base em experiências passadas.
Muitos trabalhadores das fábricas da Boeing estão expressando frustrações de longa data sobre a estagnação salarial e a disparidade na remuneração dos executivos, com alguns indicando que vivem de salário em salário. O impacto da greve se estende além dos trabalhadores para a cadeia de suprimentos e a indústria aeroespacial mais ampla, onde empresas menores podem enfrentar demissões devido à paralisação do trabalho.
A Reuters contribuiu para este artigo.
Essa notícia foi traduzida com a ajuda de inteligência artificial. Para mais informação, veja nossos Termos de Uso.