SEATTLE (Reuters) - A Boeing interromperá temporariamente a produção em sua fábrica do Estado de Washington devido à disseminação de coronavírus, informou a empresa nesta segunda-feira, após um movimento semelhante da rival europeia Airbus SE.
Confirmando uma reportagem anterior da Reuters, a Boeing acrescentou que a paralisação temporária das operações durará 14 dias a partir de 25 de março.
As companhias aéreas clientes da Boeing adiaram a possibilidade de encomendar novas aeronaves e fazer adiantamentos antes da entrega, agravando uma longa crise iniciada com a suspensão do jato 737 MAX depois de dois acidentes.
O presidente-executivo da Boeing, Dave Calhoun, afirmou em comunicado que a fabricante de aviões estava trabalhando em estreita colaboração com autoridades de saúde pública, clientes, fornecedores e outras pessoas que seriam afetadas pela suspensão temporária na produção.
"Lamentamos as dificuldades que isso causará a eles, assim como a nossos funcionários, mas é vital manter a saúde e a segurança de todos que apoiam nossos produtos e serviços, e ajudar no esforço nacional para combater a disseminação do Covid-19", disse Calhoun.
A Boeing já instruiu muitos funcionários a trabalhar de casa. Ele disse que a fábrica e outros trabalhadores incapazes de trabalhar remotamente receberiam férias remuneradas durante o período planejado da suspensão.
Por enquanto, a paralisação não se aplica à fábrica do 787 Dreamliner na Carolina do Sul.
Calhoun disse a funcionários em um e-mail visto pela Reuters que "a luta para salvar vidas interrompendo a disseminação do Covid-19 em todo o mundo está exigindo ações que poucos de nós poderíamos ter imaginado algumas semanas atrás".
"Essa deve ser a principal prioridade para todos nós - individual e coletivamente - fazer o possível para ajudar a parar a pandemia agora", disse ele.
(Por Eric M. Johnson em Seattle)