(Reuters) - A Boeing superou estimativas de lucro no primeiro trimestre e a crescente demanda por jatos comerciais levou a maior fabricante de aviões do mundo a elevar as previsões de fluxo de caixa e lucros num ano que promete ser recorde.
Comentando os resultados, o presidente-executivo Dennis Muilenburg também minimizou preocupações expressas pela gigante norte-americana de exportação de produtos manufaturados Caterpillar sobre o aumento dos custos de matérias-primas, o que poderia pressionar as margens de lucro.
O lucro principal da Boeing, que exclui despesas com planos de pensão, foi de 3,64 dólares por ação, ante 2,17 dólares no ano anterior, superando uma previsão consensual de 2,58 dólares por ação, fazendo suas ações subirem mais de 4 por cento.
"Não estamos vendo nada (nos custos) no momento que tenha efeito material ", disse Muilenburg.
A ofensiva do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra importações de aço e alumínio restringiu a oferta no mercado doméstico, inflacionando os custos dos metais.
Muilenburg disse que não prevê uma guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, já que os dois países parecem estar trabalhando para encontrar soluções negociadas.
"Embora algumas declarações iniciais tenham sido feitas sobre tarifas potenciais, nenhuma dessas ações severas foi implementada. E estamos francamente encorajados pelo diálogo contínuo", disse ele.
A Boeing é vista por investidores como uma das grandes potenciais perdedoras quando Trump sobretaxas sobre o alumínio em 8 de março, ma as preocupações arrefeceram e suas ações agora caíram apenas 3 por cento nas seis semanas desde então.
Analistas também dizem que clientes chineses, responsáveis por mais de 20 por cento das vendas da Boeing, não teriam nenhum fornecedor alternativo de aeronaves se as relações comerciais ameaçassem os laços com a empresa americana, porque a rival Airbus tem capacidade limitada de produção rápida e imediata.
(Por Ankit Ajmera)