Por Ambar Warrick e Sruthi Shankar
(Reuters) - As ações europeias fecharam em queda nesta sexta-feira, com dados de emprego dos EUA apontando desaceleração do crescimento na maior economia do mundo, com as ações de varejo e viagens, expostas aos mercados norte-americanos, sentindo o maior baque.
O índice pan-europeu STOXX 600 caiu 0,6%, maior queda em duas semanas. A economia dos EUA criou o menor número de empregos em sete meses em agosto. As ações globais também caíram após a divulgação dos números.
As ações de varejo estiveram entre os piores desempenhos do dia, em queda de 0,9%. A rede de lojas de venda de livros e revistas WH Smith, que tira pelo menos um quarto de seu lucro de clientes dos EUA, amargou o pior desempenho no setor, em baixa de 3,4%.
As ações de viagens recuaram 1%.
Os dados mais fracos dos EUA foram atribuídos a um aumento no número de casos de Covid-19 pela altamente contagiosa variante Delta do coronavírus. Mas analistas também viram o copo meio cheio do relatório de emprego, especificamente porque a fraqueza no mercado de trabalho daria menos ímpeto ao Federal Reserve para reduzir medidas de oferta de liquidez.
"O dado de emprego mais fraco do que o esperado nesta sexta-feira coloca menos pressão sobre o Fed para reduzir seu estímulo, o que provavelmente proporcionará um impulso de curto prazo para as ações. O mercado de ações adora estímulos, e qualquer indicação de que o Fed permanecerá totalmente estimulativo é uma boa notícia para investidores ", disse Jay Pestrichelli, CEO da ZEGA Financial.
As ações de tecnologia na Europa tiveram o melhor desempenho na semana, com alta de quase 2%, já que investidores fugiram para os setores mais resistentes às interrupções causadas pela pandemia.
Em Londres, o índice FTSE 100 recuou 0,36%, a 7.138,35 pontos.
Em Frankfurt, o índice DAX caiu 0,37%, a 15.781,20 pontos.
Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 1,08%, a 6.689,99 pontos.
Em Milão, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,64%, a 26.064,78 pontos.
Em Madri, o índice Ibex-35 registrou baixa de 1,31%, a 8.864,00 pontos.
Em Lisboa, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,31%, a 5.488,36 pontos.