Os mercados acionários da Ásia não tiveram sinal único, nesta terça-feira, 15. Investidores avaliaram indicadores da China, com números abaixo do previsto pelo mercado, mas também o fato de que o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) anunciou cortes várias de suas taxas de juros, para tentar apoiar a atividade. Nesse quadro, Xangai registrou baixa contida, mas Tóquio avançou.
A Bolsa de Xangai fechou em queda de 0,07%, em 3.176,18 pontos, e a de Shenzhen, de menor abrangência, caiu 0,66%, a 2.077,97 pontos. Os indicadores de produção industrial e vendas no varejo vieram abaixo do esperado, o que segundo o Goldman Sachs (NYSE:GS) reflete impulso ainda contido no crescimento local, mesmo em quadro de política monetária sendo relaxada. Entre ações, as de fabricantes de chips e as ligadas ao consumo estiveram entre as mais pressionadas. Will Semiconductor caiu 7,8% e China Tourism Group Duty Free, 1,8%.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng registrou baixa de 1,03%, a 18.581,11 pontos. Os dados fracos da China pesaram, ao sugerirem desaceleração na retomada do país. Investidores agora especulam sobre mais medidas de apoio de Pequim ainda no terceiro trimestre, para que o país cumpra sua meta de crescimento. Ações ligadas ao consumo também caíram em Hong Kong, com o setor financeiro igualmente sob pressão. A varejista JP.com teve baixa de 1,4%, antes de publicar balanço, HSBC Holdings (LON:HSBA) caiu 1,8% e Haidilao, do setor de restaurantes, teve baixa de 4,5%.
Já na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei fechou em alta de 0,56%, em 32.238,89 pontos. O setor de eletrônicos foi destaque, após dados positivos de crescimento na demanda doméstica. NEC Corp. ganhou 3,1% e TDK, 2,5%.
Na Coreia do Sul, o índice Kospi registrou queda de 0,79% em Seul, a 2.570,87 pontos. Em Taiwan, o índice Taiex subiu 0,37%, a 16.454,80 pontos.
Na Oceania, em Sydney o índice S&P/ASX 200 fechou com ganho de 0,38%, em 7.305,00 pontos. Balanços dos setores de saúde, tecnologia e finanças foram bem recebidos. A ação da CSL, por exemplo, teve alta de 3,7%, após a gigante farmacêutica divulgar resultados. * Com informações da Dow Jones Newswires.