Os mercados acionários da Europa fecharam em alta nesta segunda, 19, em sessão marcada por declarações de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) e dados da Alemanha, além de notícias da China no radar. Investidores ainda ponderam as perspectivas de recessão na região, enquanto buscam mais detalhes sobre os próximos passos de política monetária.
Em Londres, o FTSE 100, subiu 0,40%, a 7.361,31 pontos, enquanto o CAC 40, em Paris, avançou 0,32%, a 6.473,29 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em baixa de 0,02%, a 23.683,54 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 subiu 0,46%, a 8.149,50 pontos. O índice DAX, em Frankfurt, seguiu o movimento e fechou em alta 0,36%, a 13.942,87 pontos. Por fim, na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 aumentou 0,28%, a 5.705,30 pontos. As cotações são preliminares.
Hoje, o índice de sentimento das empresas da Alemanha, elaborado pelo instituto IFO, subiu de 86,3 (dado revisado hoje) em novembro a 87,4 pontos em dezembro. Apesar da notícia, a Capital Economics destaca que o resultado não significa que o país escapará de uma recessão.
"Achamos que a Alemanha ainda irá passar por uma recessão, embora mais suave do que temíamos inicialmente", diz Franziska Palmas, economista sênior para Europa da consultoria britânica, em nota a clientes.
Mais cedo, o vice-presidente do BCE, Luis de Guindos, afirmou que a instituição não sabe quando irá parar de aumentar as taxas de juros. Já o dirigente do BC europeu Peter Kazimir afirmou que o BCE precisará manter ação forte no primeiro semestre de 2023, ao passo que Gediminas Simkus, também membro do conselho, disse que "não há dúvida" de que a autoridade monetária europeia vai elevar os juros novamente em 50 pontos-base em fevereiro.
Entre as ações em destaque, a CMC Markets destaca a Shell (NYSE:SHEL) e a BP, beneficiadas "em grande parte devido à recente queda acentuada nos preços da energia, junto a uma recuperação nos preços do petróleo". As empresas fecharam em alta de mais de 2,5% e 3%, respectivamente.
Ainda, a análise indica que varejistas caíram depois que a consultoria do setor Springboard revelou que o tráfego nas ruas durante a semana passada caiu 4,6%, "devido aos efeitos cumulativos das greves ferroviárias e do clima frio". Entre as maiores baixas, estão JD Sports, Next e Frasers Group. As três empresas registraram quedas de mais de 1,5%, 1,5% e 0,5%, respectivamente.
No radar de investidores, segundo a mesma análise, está a promessa do governo chinês de estabilizar a economia nas próximas semanas, apesar do aumento contínuo das infecções por covid-19.