Os mercados acionários europeus fecharam nesta segunda-feira, 6, em baixa, diante de renovadas expectativas de que bancos centrais na região subam juros nos próximos meses e mantenham a política monetária restritiva por um período prolongado.
Em Londres, o FTSE 100, caiu 0,82% a 7.836,71 pontos, enquanto o índice DAX, em Frankfurt, seguiu o movimento e fechou em baixa de 0,84%, a 15.345,91 pontos. O CAC 40, em Paris, cedeu 1,24%, a 7.137,10 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em alta de 0,27%, a 27.022,33 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 caiu 0,63%, a 9.165,90 pontos. Por fim, na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 recuou 0,30%, a 5.906,77 pontos. As cotações são preliminares.
A CMC Markets explica que os mercados europeus reagem às perspectivas de altas de juros nos próximos meses por parte dos BCs das principais economias, ainda em reação a publicação do relatório de empregos (payroll) dos EUA.
O documento, que mostrou criação de cerca de meio milhão de empregos em janeiro, "abriu um buraco no argumento de que as taxas de juros cairiam", de acordo com a análise.
Em Londres, investidores também observaram perspectivas de novas altas de juros por parte do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), que foram reiteradas pela dirigente da instituição, Catherine Mann, em discurso durante conferência do BC inglês.
Os mercados também se mantiveram atentos a dirigentes do BCE, que reforçaram novas altas de juros nos próximos meses.
O presidente do BC da Áustria, Robert Holzmann, afirmou que o BC europeu deve seguir lutando contra a inflação, enquanto Bostjan Vasle, do BC da Eslovênia, afirmou que as altas de juros estão "longe de terminar". Presidente da autoridade monetária da Letônia, Martins Kazaks seguiu linha parecida. As falas dos três foram registradas em reportagem da Bloomberg.
Entre indicadores em destaque nesta sessão, a queda nas vendas de varejo da zona do euro em dezembro indica que o bloco deverá entrar em recessão ainda no primeiro trimestre de 2023, segundo análise da Capital Economics.
Na Alemanha, apesar da alta das encomendas à indústria, a previsão do Commerzbank é que a atividade desacelere nos próximos meses, visto que, segundo o próprio Departamento alemão responsável pelo dado, a alta ocorreu devido a um volume incomum de pedidos no mês.