As bolsas da Europa fecharam sem direção única nesta sexta-feira, 22, após a divulgação de índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) em território de contração na região, em um cenário de perspectivas de juros restritivos por um horizonte de tempo estendido.
O PMI composto do Reino Unido caiu mais que o esperado em setembro, a 46,8 em setembro, segundo dado preliminar. Analistas interpretaram o resultado como um sinal de que o efeito do ciclo de alta de juros já está sendo sentido.
A Capital Economics, por exemplo, disse que a leitura sugere que a economia britânica pode já estar em recessão e que acredita que os juros britânicos podem estar no pico.
Apesar disso, o índice FTSE 100, em Londres, encontrou espaço para terminar em leve alta de 0,07%, a 7.683,91 pontos. Os ganhos foram sustentados principalmente por ações do setor de energia, que acompanham a persistente escalada do petróleo. O papel da BP avançou 1,21% e Shell (NYSE:SHEL) subiu 0,44%.
Em Milão, Eni subiu 1,48%. Ainda assim, o índice FTSE MIB baixou 0,43%, aos 28.584,23 pontos.
Na zona do euro, o PMI composto preliminar avançou a 47,1 com a expansão de serviços - mas continuou abaixo do patamar neutro de 50, ou seja, indicando contração da atividade. Dessa vez, o ING destacou que o dado sugere ao menos que a deterioração das condições "parou por enquanto".
Já o economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane, afirmou nesta sexta-feira que não vê sinais de possível recessão na economia da zona do euro como consequência do aperto monetário, em entrevista ao Yahoo! Finance Live.
Entre outras praças, o DAX (em Frankfurt) caiu 0,03%, aos 15.566,82 pontos; o Ibex 35 (Madri) recuou 0,54%, aos 9.497,20 pontos; e o PSI 20 (Lisboa) teve ganho de 0,11%, aos 6170,03 pontos. As cotações são preliminares.