As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta sexta-feira, após registrar perdas durante maior parte do pregão. Os índices reverteram sinal no final da tarde, à medida que investidores ponderavam sobre turbulências no Deutsche Bank (ETR:DBKGn) e falas de autoridades garantindo a solidez do sistema bancário nos Estados Unidos e na Europa.
No fechamento, o índice Dow Jones subiu 0,41%, a 32.237,53 pontos; o S&P 500 avançou 0,56%, a 3.970,99 pontos; e o Nasdaq ganhou 0,31%, a 11.823,96 pontos. Na semana, os índices avançaram 1,18%, 1,39% e 1,66%, respectivamente.
Entre as ações de destaque, o Morgan Stanley (NYSE:MS) recuou 2,20%, o Citi cedeu 0,78%, o Goldman Sachs (NYSE:GS) teve queda de 0,72% e o JP Morgan perdeu 1,52%.
Na divisão de setores do S&P 500, o setor financeiro também encerrou o dia em baixa de 0,06%, embora tenha recuperado a maior parte das suas perdas. Este setor recuou cerca de 14% nas últimas três semanas, enquanto o próprio índice de referência caiu por volta de 2%, segundo levantamento do Dow Jones Market Data. A última vez que o setor caiu neste nível foi quando o índice de referência recuou pelo menos 3%, em 2009.
Analista da Oanda, Edward Moya observa que a redução das perdas acompanha o crescimento da pressão sobre o Tesouro dos Estados Unidos e reguladores financeiros enfrentarem os riscos de contágio bancário, ao mesmo tempo em que o mercado aposta em um corte de taxas pelo Federal Reserve(Fed). Por volta do horário citado, a plataforma de monitoramento do CME Group mostrava expansão na probabilidade de pausa no aperto monetário na próxima reunião do Fed, em 90,1% (de 72,6% na quinta), com 9,9% de possibilidade de nova alta de 25 pontos-base (de 27,4% na quinta).
No entanto, as bolsas ficaram pressionadas durante a maior parte desta sessão, após o Deutsche Bank reacender temores de novas turbulências sobre sistema bancário dos Estados Unidos e Europa. Nesta sexta, os Credit Default Swaps (CDS) - instrumento financeiro de proteção contra eventual calote - do banco atingiram nível máximo em quatro anos. Após reunião nesta sexta, a União Europeia emitiu comunicado garantindo a solidez do setor local, "com fortes posições de capital e liquidez", e a Reuters reportou que o BCE buscava tranquilizar líderes do bloco sobre a estabilidade bancária.
Durante participação em eventos, dirigentes do Fed também reforçaram a saúde do setor bancário dos EUA. O presidente da distrital de Atlanta, Raphael Bostic garantiu que o sistema está "sólido e resistente", permitindo que os dirigentes mantenham seu foco no combate à inflação. Presidente da distrital de St. Louis, James Bullard defendeu que o BC americano ainda pode ser capaz de desacelerar a inflação provocando apenas um pouso suave sobre a economia dos EUA.
*Com informações da Dow Jones Newswires