Após sessão volátil, as bolsas de Nova York fecharam sem sinal único nesta terça-feira, 16. Na véspera da publicação da ata de reunião monetária mais recente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), as operações foram favorecidas por resultados financeiros fortes de gigantes varejistas. Também foram acompanhados indicadores econômicos fracos nos Estados Unidos.
O Dow Jones subiu 0,71%, a 34.152,01 pontos, o S&P 500 avançou 0,19%, a 4.305,20 pontos, e o Nasdaq caiu 0,19%, a 13.102,55 pontos.
O avanço do Dow Jones foi liderado pelo Walmart (NYSE:WMT) (+5,11%) e Home Depot (+4,06%). Ambas superaram as expectativas de lucro, acima de US$ 5 bilhões, e receita no segundo trimestre fiscal.
Para o analista da Oanda, Edward Moya, os balanços das gigantes varejistas juntos aos dados mistos publicados hoje ainda apoiam o Fed a ter posição dura no aperto monetário em setembro. "O Walmart se saiu melhor do que muitos temiam, já que o aviso de lucro no início deste mês abaixou a barra para eles. A Home Depot impressionou e levantou algumas questões se o mercado imobiliário está realmente esfriando tão rapidamente quanto muitos esperavam."
Entre indicadores, o Departamento do Comércio informou que as construções de moradias iniciadas caíram 9,6% em julho ante junho, quando a previsão era de recuo de 2,5%.
Já o banco central norte-americano divulgou que a produção industrial do país subiu 0,6% no período, além das expectativas de alta de 0,3%.
Na quarta-feira, a atenção deve se voltar para ata do Fed e resultado das vendas de varejo nos EUA no mês passado.
A Oxford Economics espera que o dado de varejo apresente leve alta em junho, o que considera consistente com uma retomada maior no consumo real.
"Enquanto isso, embora a ata da reunião do Fed de julho seja, até certo ponto, notícia antiga, devido aos dados mais recentes de emprego e inflação ao consumidor, suspeitamos que ela reforce a visão de que o banco central ainda não está perto de encerrar seu ciclo de aperto", diz a consultoria britânica.