Investing.com – As negociações em Wall Street estavam em alta nesta quarta-feira, já que mercados ansiosamente aguardam o anúncio de política monetária do Federal Reserve (Fed) e quaisquer indícios da direção futura de normatização da política, enquanto o petróleo bruto subiu com os estoques norte-americanos apresentando a primeira queda, considerada surpreendente, em 10 semanas.
Às 11h57 em horário local (12h57 em horário de Brasília), o Dow Jones ganhava 46 pontos, ou 0,22%, o S&P 500 subia 8 pontos, ou 0,32%, enquanto o Compsite da Nasdaq apresentava alta de 10 pontos ou 0,17%.
É amplamente esperado que o Fed eleve a taxa-alvo de juros federais em 25 pontos base para um intervalo entre 0,75% e 1,00% quando anunciar sua decisão às 15h em horário de Brasília, com mercados já apontando 95% de chances que isso ocorra, de acordo com o Monitor da Taxa da Reserva Federal do Investing.com.
Nesse aspecto, o que estará em foco serão as projeções econômicas atualizadas, em particular o “dot plot” que mostra as expectativas dos membros para futuras alterações nas taxas de juros, e comentários que Janet Yellen, presidente do Fed, fará na entrevista coletiva que será realizada na sequência do anúncio, já que mercados tentam avaliar em que grau o banco central norte-americano pode se tornar mais agressivo a respeito de política monetária.
Analistas discutem atualmente se os decisores manterão sua perspectiva de apenas três aumentos dos juros este ano ou se eles eventualmente optarão por realizar quatro apertos com as possibilidades incluindo o possível início da normalização do balanço.
Os mercados atualmente apontam que as chances de três aumentos dos juros até o fim do ano estão em cerca de 55%, ao passo que as apostas de um quarto aumento apontam 20% de chances.
Dados nesta quarta-feira pouco alteraram as expectativas de que o Fed encaminhará nesta tarde sua primeira elevação da taxa de juros este ano e apenas a terceira em quase uma década.
A inflação dos preços ao consumidor (IPC) cresceu 2,7% em fevereiro a partir de um ano atrás, o ritmo anual mais acelerado desde março de 2012, ao passo que o núcleo do IPC também subiu 2,2% no acumulado do ano. As duas leituras estavam alinhadas com o consenso.
Vendas no varejo no mesmo mês pouco surpreenderam os mercados uma vez que cresceram 0,1% conforme esperado, confirmado que o consumo continua a ganhar força nos EUA.
Embora o índice Empire State da atividade industrial tenha caído para 16,4 em março, a leitura superou expectativas de uma queda ainda maior na atividade para 15,0, ao passo que novos pedidos também atingiram 21,3, o nível mais alto desde 2009.
A Associação Nacional de Construtores (NAHB, na sigla em inglês) relatou que seu índice de percepção dos construtores teve leitura de 71 em março, mostrando o maior nível de confiança nos últimos 12 anos.
Por fim, os estoques das empresas cresceram 0,3% em janeiro a partir do mês anterior, o que está alinhado às estimativas dos analistas.
Enquanto isso, preços do petróleo subiram mais de 1% nesta quarta-feira após dados oficiais do governo norte-americano mostrarem uma retirada surpreendente de 237.000 barris nos estoques, a primeira queda em 10 semanas.
Contratos futuros de petróleo bruto nos EUA ganharam 1,57%, atingindo US$ 48,57 às 11h59 em horário local (12h59 em horário de Brasília), enquanto o petróleo Brent teve aumento de 1,39%, com o barril negociado a US$ 51,63.