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SÃO PAULO (Reuters) - O Bradesco (BVMF:BBDC4) reportou nesta quarta-feira lucro líquido recorrente de R$6,1 bilhões no segundo trimestre, alta de 28,6% em relação ao mesmo período do ano passado, com melhora em rentabilidade, enquanto revisou previsão de receitas com serviços e para o resultado de seguros em 2025.
A média das estimativas de analistas compiladas pela LSEG apontava lucro de R$5,95 bilhões.
O banco revisou para cima sua previsão de crescimento da receita de serviços, para entre 5% e 9%, contra 4% a 8% anteriormente. Para o resultado das operações de seguros, previdência e capitalização, agora estima expansão de 9% a 13%, versus expectativa anterior de 6% a 10%.
As demais projeções para o ano foram mantidas.
No segundo trimestre, as receitas totais alcançaram R$34 bilhões, aumento de 15,1% ano a ano, com a linha de prestações de serviços crescendo 10,6%, para R$10,3 bilhões. As despesas operacionais totais mostraram incremento de 9,9% na comparação anual, para R$15,9 bilhões.
O retorno anualizado sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) ficou em 14,6% no segundo trimestre, de 11,4% um ano antes e 14,4% no primeiro trimestre.
Para o restante do ano, o presidente-executivo do Bradesco, Marcelo Noronha, espera que as receitas continuem a dar o tom do aumento da rentabilidade, conforme comunicado à imprensa.
CRÉDITO
Noronha ponderou que a economia começou a desacelerar de forma mais evidente no segundo trimestre e que o banco espera que desacelere mais daqui para frente. "Assim, é preciso manter a nossa cautela, preservar a boa qualidade das novas safras de crédito, sem perder bons negócios", afirmou.
A carteira de crédito expandida do banco atingiu R$1,02 trilhão no final de junho, aumento de 11,7% ante o mesmo período do ano anterior, com o segmento pessoa física registrando expansão de 15,9%, enquanto na pessoa jurídica houve acréscimo de 8,6%. Na base trimestral, houve acréscimo de apenas 1,3%,
O índice de inadimplência acima de 90 dias total ficou em 4,1%, estável em relação ao final do primeiro trimestre e inferior ao patamar de 4,3% apurado no final de junho de 2024.
A despesa de provisão com perdas esperadas atingiu R$8,9 bilhões no segundo trimestre, alta de 9,1% em relação aos mesmos meses do ano passado. A receita com recuperação de créditos encolheu 12% ano a ano.
O banco relacionou o aumento das despesas ao maior crescimento das operações massificadas, com destaque para micro, pequenas e médias empresas, pessoas físicas e a consolidação do Banco John Deere, parceria que busca fortalecer o posicionamento do Bradesco nos setores de agronegócio e construção.
A PDD expandida -- ou custo do crédito, que somou R$8,1 bilhões -- em relação às operações de crédito expandida ficou em 3,2%, estável ante um ano antes.
Mais cedo nesta quarta-feira, o Santander Brasil (BVMF:SANB11) divulgou seu balanço do segundo trimestre, com aumento de 17% nas despesas de provisão em relação ao mesmo período do ano passado, citando pressão do cenário macroeconômico e aumento nos pedidos de recuperação judicial.
A margem financeira total do Bradesco subiu 15,8% no segundo trimestre ano a ano, com acréscimo de 16,4% na margem com clientes, enquanto a margem de mercado caiu 11,4%.
A margem financeira líquida, que representa a margem financeira total menos a despesa de PDD expandida, subiu 19,4%, para R$9,9 bilhões.
O índice de Basileia total do banco ficou em 15,5%, de 15,2% um ano antes, e o índice de capital nível 1 passou de 12,6% para 13%.
O Bradesco manteve a estratégia de enxugamento de rede de agências, com o segundo trimestre terminando com 2.168 unidades.
O negócio de seguros do banco teve lucro líquido recorrente de R$2,3 bilhões no segundo trimestre, alta de 4,4% em relação ao mesmo período de 2024. Houve aumento nas provisões técnicas, de 11,2% em 12 meses, para R$425,1 bilhões.
(Reportagem de Paula Arend Laier e Patrícia Vilas Boas; )