SÃO PAULO (Reuters) - A Bradespar (SA:BRAP4), braço de investimentos do Bradesco (SA:BBDC4) que concentra aplicações nas ações da Vale (SA:VALE3), e a Litel, que reúne participações de fundos de pensão na mineradora, afirmaram nesta quarta-feira que vão adotar "medidas cabíveis" contra decisão judicial que exigiu delas uma indenização bilionária à Elétron.
O caso diz respeito a uma disputa na qual a Elétron, do empresário Daniel Dantas, demanda uma indenização da Bradespar e da Litel. Uma decisão de primeira instância da justiça mandou Bradespar e Litel pagarem à Elétron em prazo de 15 dias um valor de 4 bilhões de reais, indenização fixada num laudo pericial feito por um juízo arbitral.
Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Bradespar reiterou sua visão de que o laudo pericial sobre perdas que referenciou a decisão "contém uma série de incorreções". O mesmo foi dito pela Litel, em nota à parte ao regulador do mercado.
Ambas as empresas afirmaram que a homologação da perícia para a data da conclusão do laudo foi objeto de recurso ainda pendente de julgamento no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, no qual buscam liminar para suspensão da execução.
Tanto Bradespar quanto Litel disseram que seus assessores jurídicos estudam o assunto e adotarão "as medidas cabíveis" em defesa de seus interesses.
(Por Aluísio Alves e Luciano Costa)