Investing.com - Dando andamento ao processo de reestruturação, a BRF (SA:BRFS3) continua com o processo de contratação dos bancos de investimentos que serão responsáveis pela venda de ativos. De acordo com a Coluna Broad, do Estadão, a companhia não irá realizar um processo formal com envio de chamados ou solicitação de propostas.
Com isso, de acordo com a publicação, a BRF está solicitando que as instituições financeiras apresentem propostas comerciais para a venda de ativos específicos. Dessa forma, alguns dos bancos devem apresentar sugestão para a venda de ativos na Europa, outros para a Argentina e ainda outros para a Tailândia.
Com isso, a processadora de alimentos espera que três bancos de investimentos sejam contratos para o assessoramento dos desinvestimentos. O objetivo da BRF é levantar R$ 5 bilhões com a venda desses ativos, reduzindo a alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda para 4,35 vezes até o fim deste ano – no fim do primeiro trimestre, estava em 4,44 vezes.
A publicação lembra que a BRF tem atualmente uma dívida de R$ 20 bilhões, sendo que R$ 4,5 bilhões a vencer neste ano, com a companhia já negociando com o Bradesco (SA:BBDC4), Itaú (SA:ITUB4) e Banco do Brasil (SA:BBAS3) para renegociar os vencimentos. Com isso, existe a chance desses bancos levarem os mandatos para a venda desses ativos.
A coluna destaca que o plano de desinvestimentos foi também uma fórmula utilizada por Pedro Parente na Petrobras (SA:PETR4). O plano anunciado era de vender US$ 21 bilhões entre os anos de 2017 e 2018. Segundo dados divulgados no último demonstrativo financeiro da petroleira, no primeiro trimestre a Petrobras tinha embolsado pela venda de ativos R$ 7,5 bilhões.