Investing.com - A poucos dias no comando na BRF (SA:BRFS3), Pedro Parente, mostra sinais de qual deve ser a marca de sua gestão. Além de trabalhar com a venda de ativos, a companhia atua também na frente de reestruturação financeira. As informações são da Coluna do Broad, publicada pelo Estadão nesta quarta-feira.
Segundo a publicação, Parente já está em negociação com bancos credores para o alongamento dos vencimentos da companhia. Entre eles estão o Itaú Unibanco (SA:ITUB4), Bradesco (SA:BBDC4) e Banco do Brasil (SA:BBAS3). A coluna informa que a dívida da BRF no final de março era de R$ 20 bilhões, sendo R$ 4,5 bilhões vencem neste ano e mais R$ 5,5 bilhões em 2019. Além disso, o caixa da companhia era de R$ 7 bilhões.
Procurada pela reportagem da coluna a BRF disse que a desalavancagem é prioridade e que “está sempre discutindo alternativas de funding e alongamento de dívidas junto aos bancos”.
A empresa de alimentos, atingida pelos efeitos da operação Carne Fraca no início do ano e por fechamento de mercados internacionais, anunciou na sexta-feira que pretende levantar 5 bilhões de reais em recursos com um plano de reestruturação que envolve venda de suas operações na Argentina, Europa e Tailândia.
A companhia, dona das marcas Sadia e Perdigão, afirmou ainda que espera conseguir fechar 2018 com uma relação dívida líquida sobre lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 4,35 vezes, reduzindo esse múltiplo para abaixo de três vezes no fim do próximo ano.
O conselho de administração BRF) aprovou a contratação junto ao banco Bradesco de nota de crédito à exportação no valor de aproximadamente 1,1 bilhão de reais, com juros semestrais e vencimento em 5 de junho de 2023, informou a companhia em comunicado nesta manhã.
A BRF ainda reiterou seu foco na administração do passivo, com o objetivo de estender o prazo médio da dívida e manter uma posição de liquidez robusta no curto prazo, segundo o documento.
Com Reuters.