Por Gabriel Codas
Investing.com - Na parte da tarde desta segunda-feira, as ações da BRF (SA:BRFS3) operam com valorização, mesmo após a notícia de que o serviço sanitário da Arábia Saudita suspendeu temporariamente dois estabelecimentos da companhia para exportação de carne de frango ao país, enquanto aguarda mais informações sobre supostas violações cometidas pela empresa na produção de ração e premix.
Desta forma, por volta das 13h40, os ativos tinham avanço de 1,29% a R$ 31,30.
“A SFDA informa que a medida é temporária e solicita às autoridades brasileiras, entre outros, mais detalhes acerca das investigações conduzidas entre 2014 e 2018 sobre supostas violações cometidas pela companhia na produção de ração e premix, preparado contendo vitaminas e aminoácidos”, disse a BRF (SA:BRFS3), citando que tomou conhecimento da nota oficial da Saudi Food and Drug Authority (SFDA) sobre a suspensão na véspera.
Em comunicado ao mercado, a companhia informou que a medida atinge as unidades de Dois Vizinhos e Francisco Beltrão, ambas no Paraná, sendo que apenas a primeira vinha exportando para a Arábia Saudita, com um volume de aproximadamente 6 mil toneladas/mês.
“A companhia já iniciou os ajustes de redirecionamento de produção para suas demais plantas até que os fatos sejam devidamente esclarecidos, possuindo ainda cinco plantas habilitadas para a Arábia Saudita. As plantas de Dois Vizinhos e Francisco Beltrão serão utilizadas, a partir deste momento, para atendimento de outros mercados”, afirmou.
A BRF (SA:BRFS3) também reiterou que tem cooperado irrestrita e continuamente com as autoridades brasileiras e internacionais na elucidação dos supostos fatos e não tolera quaisquer desvios de qualidade e integridade em seu processo produtivo.
“Dessa forma, intensificou e expandiu sua estrutura de controles internos, compliance e qualidade nos últimos anos com o intuito de garantir estrita aderência a toda e qualquer legislação sanitária mundial.”
No final de 2019, o Ministério Público Federal do Paraná denunciou 11 pessoas no âmbito da operação Trapaça envolvendo a BRF (SA:BRFS3), na qual os procuradores acusam empregados da empresa de usar “substâncias proibidas pela legislação brasileira no fabrico de compostos adicionados à ração”.
Com Reuters.