OTTAWA (Reuters) - O Canadá e os Estados Unidos chegaram a um acordo para a compra de até 16 aeronaves Boeing (NYSE:BA) como parte de um projeto de 7,7 bilhões de dólares, informou o Ministério da Defesa do Canadá nesta quinta-feira, apesar dos apelos da fabricante de jatos executivos Bombardier por uma competição aberta.
O investimento para substituir a frota envelhecida de aeronaves de vigilância militar Aurora do Canadá inclui um contrato de até 5,9 bilhões de dólares para aeronaves P-8A Poseidon e equipamentos relacionados. Os recursos restantes serão usados para simuladores, infraestrutura e armamentos, afirmou o ministério em comunicado.
O P-8 é projetado para localizar navios e submarinos inimigos usando uma série de sensores eletro-ópticos avançados, sensores acústicos, radares e equipamentos como sonobóias.
O anúncio encerra meses de especulações e se segue a uma contestação da canadense Bombardier, que desejava competir com uma versão de seu jato Global 6500, com o apoio de políticos da província de Quebec.
A Bombardier, sediada em Montreal, disse estar "desapontada" com a decisão.
"Acreditamos que é do interesse público e nacional adquirir a única capacidade atualmente disponível para nós", disse o ministro da Defesa canadense, Bill Blair, em coletiva de imprensa em Ottawa, nesta quinta-feira.
O P-8 é atualmente operado pelos aliados do Canadá Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia.
A Boeing tem dito que continuará a fabricar P-8 se houver "demanda suficiente para manter uma produção eficiente e segura".
(Reportagem de Ismail Shakil e Steve Scherer em Ottawa e Allison Lampert em Montreal; reportagem adicional de Valerie Insinna em Washington)