Por Arshad Mohammed e Yeganeh Torbati
WASHINGTON (Reuters) - O Departamento de Estado norte-americano deixará de emitir, nesta quarta-feira, alguns tipos de visto para alguns cidadãos do Camboja, Eritreia, Guiné e Serra Leoa, porque os países não estão aceitando de volta seus cidadãos que os Estados Unidos querem deportar.
As novas políticas, definidas em telegramas do Departamento de Estado enviados na terça-feira e vistos pela Reuters, são o mais recente exemplo do esforço do presidente Donald Trump em reprimir imigrantes que estão nos Estados Unidos ilegalmente.
Os telegramas, enviados pelo secretário de Estado Rex Tillerson para autoridades consulares de todo o mundo, dizem que os quatro países estavam "negando ou adiando sem razão" o retorno de seus cidadãos que estão nos Estados Unidos, e que restrições de visto serão suspensas no país que aceitar seus deportados.
O Departamento de Estado se recusou a comentar sobre os telegramas, afirmando que não discute comunicações internas.
As sanções de visto variam em gravidade, com a Eritreia enfrentando as limitações mais rígidas. Qualquer eritreu que requerer em seu próprio país a maior parte dos vistos de negócio ou turismo para os Estados Unidos terão seu pedido rejeitado, de acordo com um dos telegramas.
Na Guiné, os Estados Unidos deixarão de emitir uma gama de vistos de turismo, negócio e estudo para autoridades do governo e familiares próximos que requererem o documento de dentro de seu país, disse um outro telegrama.
No Camboja, a sanção é adaptada. Somente funcionários do Ministério de Relações Exteriores em cargos superiores ao de diretor-geral, com esse incluso, e seus familiares, que requererem o visto de dentro do país terão o pedido negado para viagens pessoais, segundo um terceiro telegrama.
Para a Serra Leoa, somente autoridades do Ministério de Relações Exteriores e funcionários de imigração terão pedidos de vistos de turismo e negócio negados na embaixada norte-americana de Freetown, indicou um quarto telegrama.