AMSTERDÃ (Reuters) - Duas cartas-bombas explodiram na Holanda nesta quarta-feira, uma no escritório de triagem de correspondência do ABN Amro (AS:ABNd) de Amsterdã e a outra a 225 quilômetros de distância em uma sala de correspondência do grupo de eletrônicos japonês Ricoh (T:7752), disse a polícia.
A polícia não relatou ferimentos e disse estar investigando se as detonações estão ligadas a uma série de cartas-bomba interceptadas no país desde o início de janeiro.
A agência de notícias holandesa ANP disse que o remetente das cartas exigiu pagamentos em bitcoin. A polícia nacional não quis dar detalhes, mas confirmou que a extorsão é um dos motivos sendo investigados.
Um funcionário do escritório de correspondência de Amsterdã ouviu um chiado quando estava prestes a abrir uma carta, disse a polícia local. "O funcionário atirou a carta longe e houve uma pequena explosão", informou a corporação no Twitter.
O executivo-chefe do ABN, Kees Van Dijkhuizen, disse que conversou com o empregado que lidou com a carta no escritório de correspondência nos arredores do oeste da capital.
"A boa notícia é que ele não está ferido, a má notícia, claro, é que estas coisas aconteçam e que nossa gente tenha que lidar com isso", disse Dijkhuizen aos jornalistas.
A segunda explosão em Kerkrade, cidade do sul na fronteira com a Alemanha, ocorreu nos escritórios da Ricoh.
"Felizmente não houve feridos, mas os envolvidos estão muito chocados, é claro", disse a Ricoh em um comunicado. A detonação causou algum estrago e a instalação foi interditada para uma análise forense, disse a polícia.
A polícia holandesa está investigando uma série de cartas-bombas desde 3 de janeiro, e disse que parece que elas foram enviadas pela mesma pessoa. Todas elas foram interceptadas antes de poderem explodir.
Os alvos anteriores incluíram um hotel, um posto de combustível, uma garagem, uma corretora de imóveis e um serviço de cobrança de contas.
(Por Toby Sterling)