Por Ross Kerber
(Reuters) - O presidente-executivo da BlackRock (NYSE:BLK) (SA:BLAK34), Larry Fink, pediu nesta quarta-feira uma maior exigência de divulgação de dados de sustentabilidade por parte de empresas privadas, à medida que os governos criam novos padrões de contabilidade para áreas de negócios sustentáveis.
Em uma carta aos acionistas da maior gestora de ativos do mundo, fornecida por um porta-voz, Fink afirmou que o governo "deve desempenhar um papel de liderança" no corte das emissões de carbono. Ele pediu divulgações obrigatórias de dados para empresas públicas e privadas em todo o mundo, juntamente com proteções legais para empresas que fazem os melhores trabalhos descrevendo os riscos.
"Se grandes empresas privadas não forem submetidas ao mesmo nível de vigilância que as empresas públicas, criaremos um incentivo não intencional para transferir emissões intensas de carbono a mercados com menos transparência e, muitas vezes, menos regulamentação", escreveu Fink.
Desta vez, a linguagem de Fink foi mais incisiva do que em um memorando de janeiro no qual ele afirmou que as divulgações relacionadas ao clima "deveriam ser adotadas" por grandes empresas privadas.
O novo pronunciamento surge no momento em que reguladores da União Europeia e dos EUA discutem quantos dados de sustentabilidade as empresas devem fornecer em áreas como emissões de gases de efeito estufa ou demografia da mão de obra.
A BlackRock, empresa sediada em Nova York e com cerca de 8,7 trilhões de dólares sob sua gestão, já havia apoiado relatórios climáticos obrigatórios antes. No mês passado, se juntou a outros gestores de ativos que se comprometeram a buscar que as empresas de seus portfólios reduzam a zero as emissões de carbono até 2050 - ou antes.
Mas muitas das grandes empresas, inclusive nos setores de combustíveis fósseis, não estão listadas publicamente, seja porque estão em mãos privadas ou são empresas estatais.
(Reportagem adicional de Tim McLaughlin)