(Reuters) - O Kremlin pode até ter ignorado o desafio de Elon Musk, que na segunda-feira chamou o presidente russo, Vladimir Putin, para uma briga valendo a Ucrânia, mas várias autoridades do país aproveitaram para ridicularizar o bilionário.
Presidente-executivo da montadora de carros elétricos mais valiosa do mundo, Tesla (NASDAQ:TSLA), Musk publicou na segunda-feira no Twitter: "Desafio Vladimir Putin para um combate individual", com a Ucrânia sendo o prêmio para o vitorioso.
Dmitry Rogozin, chefe da agência espacial da Rússia e que no passado menosprezou Musk como um fabricante rival de foguetes, respondeu no mesmo dia citando um poema que se refere a um "jovem diabinho, fraco demais para competir comigo".
Ramzan Kadyrov, líder da região russa da Chechênia e aliado de Putin, dirigiu-se a Musk pelo nome feminino russo "Ilona", que soa semelhante a Elon, dizendo que ele não tinha força física para lutar contra Putin, um aficionado de judô e "o terror do Ocidente".
"Vladimir Vladimirovich (Putin) pareceria antidesportivo quando derrotasse um adversário mais fraco como você", escreveu Kadyrov, sugerindo que Musk deveria criar músculos primeiro para "transformar-se da delicada Ilona em um Elon viril".
Musk revidou na terça-feira, dizendo a Kadyrov em um tuíte assinado como "Elona" que ele teria "vantagem demais" sobre Putin após treinar.
"Se ele tem medo de lutar, concordo em usar apenas a mão esquerda e eu nem sou canhoto", escreveu Musk.
O fundador do Telegram, Pavel Durov, anunciou na quarta-feira que reservou o nome de perfil "Еlona" em seu aplicativo de mensagens e estava esperando que Musk começasse a usá-lo, com Kadyrov sugerindo rapidamente que Durov o mudasse para Ilona. Após isso, em outra mensagem, Kadyrov disse que respeitava Musk por seu caráter e força de vontade.
Questionado sobre as disputas online, o porta-voz de Putin, Dmitry Peskov, disse nesta quarta-feira: "Nós não acompanhamos. Não lemos o Twitter há muito tempo."