CARACAS (Reuters) - O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez, disse nesta sexta-feira que o país não aceitaria "ultimatos de ninguém", após alerta dos EUA de que revisariam os planos de alívio das sanções caso não haja progresso na direção de eleições justas.
Washington aliviou algumas sanções ao setor petrolífero no mês passado, após assinatura, em outubro, de acordo eleitoral entre o governo do presidente Nicolás Maduro e a oposição política.
Os EUA disseram que aliviariam ainda mais as sanções a partir de abril próximo se as autoridades venezuelanas suspenderem as proibições políticas impostas a líderes da oposição, incluindo a proibição à candidata presidencial Maria Corina Machado de assumir cargos públicos por 15 anos.
Os partidos da oposição consideram as proibições ilegais.
A flexibilização das sanções dos EUA também está condicionada à libertação de presos políticos e de cidadãos norte-americanos "detidos injustamente".
Autoridades dos EUA disseram esperar que a Venezuela tome medidas concretas neste mês.
Rodriguez, que também chefia a delegação governamental nas negociações da oposição, disse em coletiva de imprensa nesta sexta-feira, no entanto, que a Venezuela não aceitaria ultimatos.
"A Venezuela não aceita ultimatos de ninguém, todos já deveriam saber disso, não nos importamos", disse.
(Reportagem de Deisy Buitrago)