Por Scott Murdoch e Andrew Galbraith
HONG KONG (Reuters) - O governo da China contratou 13 bancos de investimento para liderar uma emissão de bônus soberanos em dólar, de acordo com lâmina vista pela Reuters, a terceira oferta desde a retomada de seu programa internacional de emissão de dívida, há dois anos.
Um executivo de banco de investimento com conhecimento direto da transação disse que a China provavelmente tentará levantar mais de 3 bilhões de dólares, em linha com o tamanho da operação do ano passado.
A lâmina mostra que haverá quatro tranches de títulos, que não foram classificados por nenhuma agência. Uma fonte familiarizada com a transação disse que os vencimentos serão de três, cinco, dez e 20 anos.
Essa seria a terceira transação desde 2017, quando a China lançou seu primeiro título em dólar em 13 anos.
A emissão de 2017 levantou 2 bilhões de dólares, enquanto uma transação separada em 2018 levantou outros 3 bilhões de dólares.
Frances Cheung, chefe de estratégia macro da Ásia na Westpac, disse que a emissão será acompanhada de perto pelos investidores globais.
"A emissão provavelmente provará a popularidade dos títulos soberanos da China, mas, mais importante, as emissões de moeda forte ajudam a estabelecer uma referência para as empresas chinesas arrecadarem fundos em moedas estrangeiras", disse ela.
A China vendeu títulos em euros pela primeira vez em 15 anos no início de novembro, levantando 4,4 bilhões de dólares, e analistas acreditam que os mercados europeus se tornarão uma fonte maior de recursos para o continente asiático no futuro.
A lâmina da emissão em dólar, que deve começar na terça-feira, mostra que o governo chinês nomeou o Banco da China e o Bank of Communications para liderar o acordo.
O governo da China também contratou o Bank of America Securities, o China Construction Bank, o China International Capital Corporation, o Credit Agricole (PA:CAGR), o Taiwan CTBC Bank, o Deutsche Bank, o Goldman Sachs, o HSBC, o JPMorgan, o Mizuho Securities e o Standard Chartered (LON:STAN) Bank.