A China anunciou novas multas ao braço de Pequim da Mintz, afirmando que a empresa de investigação corporativa americana não respondeu a penalidades anteriores impostas por trabalhos estatísticos supostamente não aprovados.
No ano passado, autoridades invadiram o escritório da Mintz, em Pequim, e detiveram todos os cinco cidadãos chineses que trabalhavam lá. Em julho de 2023, a empresa foi multada em aproximadamente 10,7 milhões de yuans (US$ 1,5 milhão), sob acusação de supostamente conduzir "investigações estatísticas relacionadas a estrangeiros" sem buscar e obter aprovações para esse trabalho.
Em uma notificação emitida em 22 de fevereiro, o escritório de estatísticas municipais de Pequim ordenou que a Mintz pagasse o equivalente a cerca de US$ 744 mil em multas adicionais, elevando o total em 50%, para cerca de US$ 2,2 milhões, utilizando como argumento a falha da empresa em cumprir as penalidades anteriores.
Segundo o órgão, a Mintz tinha três dias para recorrer da decisão ou a justiça seria acionada para forçar o cumprimento das penalidades, mas não há confirmação se a empresa recebeu o aviso, se pretende apelar contra a decisão ou se cumpriu as penalidades financeiras. O estado dos cinco funcionários detidos no ano passado também não pôde ser determinado.
O caso amplia a preocupação internacional com a repressão à segurança das empresas que coletam e gerenciam dados na China e com os riscos crescentes de se fazer negócios na segunda maior economia do mundo.