PEQUIM (Reuters) - O regulador do espaço cibernético da China divulgou nesta quarta-feira novas regras para provedores nacionais de informações financeiras, em uma aparente repressão ao conteúdo online, considerada prejudicial à estabilidade financeira do país à medida que a economia desacelera.
Os provedores de informações financeiras não podem distorcer as políticas fiscais e monetárias chinesas, perturbar a ordem econômica ou prejudicar os interesses do país, afirmou a Administração de Ciberespaço da China (CAC, na sigla em inglês) em comunicado no site.
São alvos das novas regras provedores de serviços envolvidos em análise, negociação e tomada de decisões financeiras, mas não incluem serviços de notícias estrangeiras, de acordo com o órgão regulador.
A entidade disse ainda que os infratores da regulamentação, que entrará em vigor em 1º de fevereiro, serão "condenados publicamente" e "obrigados a corrigirem" seus erros. Se as violações constituírem um crime, os casos serão levados adiante judicialmente, acrescentou.
Fornecedores domésticos de informações financeiras estão se expandindo rapidamente, e algumas instituições que não são rigorosas na supervisão de conteúdo estão especulando sobre riscos de mercado, publicando informações sensíveis e distorcendo políticas regulatórias financeiras, disse o CAC em explicações divulgadas após a publicação das regras.
O movimento veio na medida em que a desaceleração do crescimento da segunda maior economia mundial estimulou pedidos de acadêmicos e empresários por mais políticas de estímulo.
(Por Stella Qiu e Ryan Woo)