Por Stella Qiu e Jamie Freed
PEQUIM/SYDNEY (Reuters) - A China levantou "preocupações importantes" com a Boeing sobre as mudanças propostas no projeto que encerrará a suspensão da aeronave 737 MAX, disse o regulador de aviação de Pequim nesta quinta-feira, recusando-se a dizer quando o avião voará na China novamente.
As declarações quebraram meses de silêncio da China, o primeiro país a suspender o 737 MAX em março após o segundo acidente envolvendo a aeronave em menos de cinco meses.
"Atualmente, a Boeing está atualizando seu software do 737 MAX e ainda é um trabalho em andamento. O CAAC levantou preocupações importantes em áreas como avaliação de confiabilidade e segurança do sistema", disse o porta-voz da Administração de Aviação Civil da China (CAAC), Liu Lusong a repórteres em um briefing mensal.
O 737 MAX precisaria ser certificado novamente e os pilotos receberão um treinamento abrangente e eficaz antes que a aeronave volte a voar na China, reiterou.
Ele disse que as causas de dois acidentes que mataram 346 pessoas precisavam ser investigadas com medidas eficazes implementadas para evitar outro.
As companhias aéreas chinesas tinham 97 aeronaves 737 MAX em operação antes da suspensão, mais do que qualquer país, segundo o Cirium Fleets Analyzer.
Li Xiaojin, especialista chinês da área, disse que as companhias aéreas e os passageiros do país estavam sofrendo com o impacto da suspensão, porque havia afetado o crescimento do setor de aviação.