Investing.com - Com a divulgação do resultado do terceiro trimestre na noite de ontem, com lucro líquido de R$ 358,1 milhões, queda de 51,7% na comparação com igual etapa de 2018, as ações da Cielo (SA:CIEL3) são negociadas com forte queda, liderando a ponta negativa do Ibovespa. O número veio abaixo da previsão média de analistas da Refinitiv, de R$ 376,6 milhões para o período.
Assim, por volta das 10h35, os ativos perdiam 4,16% a R$ 7,61.
Já o resultado operacional da Cielo (SA:CIEL3) medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 724,3 milhões, desabando 37,2% no comparativo anual. O dado também veio abaixo da previsão de analistas da Refinitiv, de R$ 825,4 milhões.
Os volumes processados subiram cerca de 11% ante um ano antes e 4,4% ante o trimestre imediatamente anterior. Isso deu à Cielo (SA:CIEL3) o terceiro trimestre consecutivo de expansão de volumes e o quarto trimestre seguido de adição de novos clientes.
Mas a receita líquida consolidada teve queda de 5,5%, para 2,8 bilhões de reais, no comparativo anual, “impactadas pela pressão nos preços médios decorrente do ambiente competitivo e pelo aumento do business de venda de soluções de captura”, afirmou a companhia no relatório.
O BTG Pactual (SA:BPAC11) destaca que a Cielo (SA:CIEL3) tem um forte volume financeiro, mas que os resultados ainda são fracos. Nesse cenário, os analistas do banco questionam se não é o momento da companhia procurar por fusões ou aquisições com uma grande empresa do setor, apontando até um possível negócio com a Stone, como circulou nos últimos meses pelo mercado.
Outra possibilidade apontada pela equipe do BTG (SA:BPAC11) seria o Banco do Brasil (SA:BBAS3) vender sua participação para o Bradesco (SA:BBDC4) que, sozinho, teria mais poder de fogo para usar a Cielo (SA:CIEL3) como centro de custo. Diante disso, eles entendem que não é uma solução fácil, indicando que com o interesse de outras empresas, apostar contra a Cielo pode ser perigoso.