Troca de liderança na Amazon Brasil é "levemente negativa" para Mercado Livre, diz Itaú BBA

Publicado 22.01.2025, 15:04
© Reuters. Logo da Amazon perto de Nantes, na Françan15/10/2024 REUTERS/Stephane Mahe
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SÃO PAULO (Reuters) - A mudança na liderança da unidade brasileira da Amazon (NASDAQ:AMZN), com a entrada de Juliana Sztrajtman em substituição a Daniel Mazini, antigo country manager da Amazon Brasil, é uma notícia negativa para o Mercado Livre (NASDAQ:MELI), ao menos marginalmente, afirmou relatório do Itaú BBA divulgado nesta quarta-feira.

O movimento poderia representar uma investida mais forte da Amazon nas operações no Brasil, em meio a um cenário desafiador para a companhia e à ameaça de rivais como a Shopee, disseram os analistas do banco, liderados por Rodrigo Gastim.

"O copo meio cheio destaca todos os desafios enfrentados pela Amazon para crescer no Brasil (evidenciados pelos desafios para integrar e acelerar o número de vendedores) -- mas isso não é novidade", afirmaram em relatório.

"Por outro lado, alguns podem interpretar como uma iniciativa da Amazon para tentar revitalizar o negócio no país, sendo mais agressiva e criando um nível mais intenso de competição para algumas categorias."

Segundo a equipe do Itaú BBA, um obstáculo crítico para o sucesso da Amazon tem sido sua abordagem nas relações com os vendedores, com desafios na integração de novos vendedores e produtos limitando uma expansão mais rápida.

"Adaptar o protocolo baseado nos Estados Unidos para o mercado local tem se mostrado desafiador", disseram os analistas, acrescentando que a Amazon obteve êxito em áreas como livros, mas tem estado ausente de outros segmentos importantes, como vestuário, devido às "complexidades inerentes à categoria".

A Amazon anunciou nesta semana a renúncia de Daniel Mazini do comando das operações da Amazon no Brasil e a entrada de Juliana Sztrajtman, que liderou a divisão de varejo da companhia nos últimos anos.

© Reuters. Logo da Amazon perto de Nantes, na França
15/10/2024 REUTERS/Stephane Mahe

Para analistas do Itaú BBA, embora a Amazon permaneça entre os principais concorrentes do Mercado Livre no Brasil, a Shopee, do grupo asiático Sea, tem rapidamente surgido como o principal desafio.

O volume bruto de mercadorias (GMV) estimado da Shopee alcançou quase 60 bilhões de reais no ano fiscal de 2024, o dobro do ano anterior, disse o banco, enquanto essa métrica para a Amazon é estimada em cerca de 35 bilhões de reais, um quarto do GMV do Mercado Livre, que se destaca no mercado brasileiro.

 

(Reportagem de Patricia Vilas Boas)

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