📈 Pronto para levar os investimentos a sério em 2025? Dê o primeiro passo com 50% de desconto no InvestingPro.Garanta a oferta

CNI diz que extinção dos Juros sobre Capital Próprio é prejudicial aos investimentos no País

Publicado 01.09.2023, 09:03
Atualizado 01.09.2023, 12:10
© Reuters.  CNI diz que extinção dos Juros sobre Capital Próprio é prejudicial aos investimentos no País

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) manifestou nesta sexta-feira, 1º de setembro, que vê com preocupação a extinção dos Juros sobre Capital Próprio (JCP) conforme proposta do governo federal enviada ao Congresso Nacional. Para a entidade, aprimorar - e não eliminar - o instrumento é caminho para impulsionar investimentos.

Na quinta-feira, 31, o encaminhamento da medida foi formalizado no Diário Oficial da União (DOU) na forma de projeto de lei para alterar a legislação de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL). Com o projeto, que acaba com a dedutibilidade dos JCP para todos os setores, o governo espera arrecadar R$ 10 bilhões de um total de R$ 168 bilhões necessários para zerar o déficit no ano que vem, como prevê a meta fiscal de 2024.

"O PL revoga o JCP a partir de 2024. O mecanismo é importante porque busca alinhar o tratamento tributário entre o financiamento das empresas via recursos de terceiros - cujos juros pagos são dedutíveis na apuração do lucro tributável para fins de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ)/Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) - e o financiamento via aporte de capital dos sócios e acionistas, cuja remuneração presumida pode ser deduzida por meio do JCP", argumenta a CNI.

"Por isso, o fim do JCP deve desestimular o investimento feito nas empresas a partir de recursos próprios dos sócios. Por outro lado, vai estimular o investimento feito com recursos de terceiros, ou seja, via dívida. Assim, o equilíbrio no tratamento entre capital próprio e capital de terceiros ficará comprometido", acrescenta.

"Aprimorar JCP é caminho para impulsionar investimento"

Em nota distribuída à imprensa, a CNI defende a modernização dos JCP, seguindo tendência internacional de promover equilíbrio entre capital próprio e capital de terceiros por meio do Allowance for Corporate Equity (ACE), mecanismo que opera por meio da exclusão fiscal da presunção de juros incidentes sobre o capital social e os lucros acumulados que permanecem reinvestidos.

"A ideia é que o JCP deixe de ser vinculado a pagamentos aos sócios e se transforme em exclusão fiscal. Com esse aprimoramento, a expectativa é que mais empresas utilizem o instrumento de JCP, que atualmente fica restrito a empresas lucrativas e com disponibilidade de caixa, não apenas para reinvestimento, mas também para distribuição de lucros aos sócios. Essa ampliação certamente representará maior impulso ao investimento produtivo no Brasil", diz a Confederação.

Na nota, a CNI ainda apela aos parlamentares para que não aprovem a medida como foi enviada pelo Poder Executivo e, sim, que a utilizem para aperfeiçoar os JCP. "A CNI ainda reforça que é fundamental que o Congresso Nacional leve em consideração todos esses aspectos para avaliar os impactos do PL 4.258/2023 e o utilize como uma oportunidade de melhoria do JCP, de forma a contribuir com o fortalecimento dos investimentos e, principalmente, com o crescimento econômico do País."

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2025 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.