BOGOTÁ (Reuters) - O órgão regulador de empresas da Colômbia aumentou nesta sexta-feira a vigilância sobre as subsidiárias da Odebrecht para o grau máximo em razão do crescente escândalo de corrupção, enquanto um tribunal ordenou que o governo suspenda o contrato de construção de uma rodovia sob responsabilidade da companhia.
A medida permite que a Superintendência de Sociedades remova administradores, revisores de contas e funcionários de subsidiárias da Odebrecht, bem como multe aqueles que agem contra a lei e até mesmo liquide as empresas, se necessário.
As empresas envolvidas no controle mais rígido são a Odebrecht Colômbia Latinvest S.A.S., a Constructora Norberto Odebrecht na Colômbia S.A.S, a Navelena S.A.S e a sucursal da empresa estrangeira Construtora Norberto Odebrecht S.A.
"A partir da submissão do controle se proíbe a constituição de garantias que recaiam sobre bens próprios da empresa e alienações de ativos ou operações não relacionadas ao curso normal dos negócios, sem autorização prévia da Superintendência de Empresas", disse a jornalistas o chefe do regulador, Francisco Reyes.
O Procurador-Geral da Colômbia disse na terça-feira que parte dos subornos da Odebrecht pagos para um ex-senador colombiano que concedesse à empresa obras no país sul-americano teria entrado na campanha política 2014 do presidente e então candidato Juan Manuel Santos.
Enquanto isso, o Tribunal Administrativo de Cundinamarca ordenou suspensão provisória o contrato de concessão da Ruta del Sol II, controlada pela Odebrecht com participação de 62 por cento.
(Reportagem de Nelson Bocanegra)