Investing,com - No segundo trimestre do ano, as empresas estatais federais listadas na bolsa tiveram o maior lucro da história, totalizando R$ 28,6 bilhões. Os números constam de levantamento realizado pela Economatica considerando os números do Banco do Brasil (SA:BBAS3), Petrobras (SA:PETR4) e Eletrobras (SA:ELET3), com dados atualizados pelo IPCA.
De acordo com o estudo, até então, o maior lucro já registrado havia sido no terceiro trimestre de 2008, quando o resultado foi de R$ 14,83 bilhões, que ajustado pelo IPCA até junho deste ano vai a R$ 27,02 bilhões. No período, o acumulado do índice oficial e inflação foi de 82,22%.
Na ponta oposta, o último trimestre de 2015 representa o pior período para as estatais brasileiras, quando tiveram perdas somadas, e atualizadas, de R$ 51,9 bilhões.
A série da Economatica leva em consideração o período entre janeiro de 1999 e junho de 2019, totalizando 82 trimestres. O lucro das estatais, em todo esse período, foi negativo em apenas nove oportunidades (4T 1999 e do 3T 2014 ao 4T 2017).
Petrobras (SA:PETR4)
O levantamento aponta ainda que o lucro da Petrobras (SA:PETR4) de R$ 18,8 bilhões no segundo trimestre de 2019 é o maior de uma empresa de capital aberto para um segundo trimestre desde o ano de 1986 (início da base de dados da Economatica). Para o levantamento a os dados históricos foram ajustados pela inflação medida pelo IPCA até junho de 2019.
Na lista dos 20 maiores lucros para um segundo trimestre com valores ajustados pela inflação figuram somente quatro empresas: Petrobras (SA:PETR4) (13 vezes), Vale (SA:VALE3) (5 vezes) e Banco do Brasil (SA:BBAS3) e Eletrobrás em uma oportunidade.
Valores Nominais
Sem o ajuste da inflação, aparecem empresas de quatro setores (Petróleo, Bancos, Energia e Mineração). Assim, a Petrobras (SA:PETR4) aparece em nove oportunidades, Itaú Unibanco (SA:ITUB4) em quatro, Vale (SA:VALE3) em três, Eletrobrás em duas e Bradesco (SA:BBDC4) e Banco do Brasil (SA:BBAS3) uma vez.
Prejuízos
Com valores históricos ajustados pelo IPCA, o resultado da Vale (SA:VALE3) no ano de 2019 é o sexto maior, sendo que o maior para um primeiro semestre foi do Banco do Brasil (SA:BBAS3), que no ano de 1996 registrou nominalmente R$ 7,78 bilhões, que ajustados pela inflação até junho de 2019 representariam R$ 30,6 bilhões de prejuízo.
Os setores de Bancos e Energia têm quatro prejuízos entre os 20 maiores, Mineração três, três setores com dois registros e outros três com um registro de prejuízo.