Com lucro e alta margem financeira, Azul busca linha com União

Publicado 20.05.2025, 09:40
© Reuters Com lucro e alta margem financeira, Azul busca linha com União

Os números da Azul (BVMF:AZUL4) indicam que a companhia aérea é uma das mais rentáveis do mundo. O lucro líquido foi de R$ 1,65 bilhão no 1º trimestre de 2025, revertendo o prejuízo de R$ 1,05 bilhão ante o mesmo período de 2024. A margem de lucro líquido trimestral foi de 30,7% de janeiro a março, acima de outras companhias internacionais. Ainda assim, a empresa busca linha de crédito com a ajuda do governo federal.

A margem de lucro líquido consiste na métrica que divide o lucro pela receita da companhia. É utilizada para mensurar a eficiência da empresa. Se o lucro líquido foi de R$ 2 milhões e a receita líquida totalizou R$ 10 milhões, a margem é de 20%.

Levantamento feito por Einar Rivero, da consultoria Elos Ayta, mostra que a Azul teve margem superior à da Gol (BVMF:GOLL4), da Latam e de outras companhias internacionais.

Em dólares, o lucro líquido da Azul somou US$ 288 milhões no 1º trimestre. Havia registrado um prejuízo de US$ 210,2 milhões no mesmo período de 2024. A margem EBIT, que mede a lucratividade da empresa sem considerar o efeito de juros e impostos, foi de 27,45% no 1º trimestre. O lucro EBIT totalizou US$ 257,9 milhões.

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avalia criar uma nova linha de apoio financeiro para companhias aéreas. O programa utilizaria como garantia os recursos do FGE (Fundo de Garantia à Exportação), podendo acessar até R$ 2 bilhões.

As linhas de apoio seriam destinadas às 3 grandes empresas do setor, mas o foco principal seria a Azul, que enfrenta dificuldades de renegociar dívidas. Não seria a 1ª vez que o governo aciona o FGE para socorrer as companhias aéreas.

Ao Poder360, a Azul disse que não iria comentar o caso.

Em relatório, o BTG (BVMF:BPAC11) disse que o desempenho operacional da Azul foi bom, com a empresa aumentando a capacidade em 16% e os rendimentos permanecendo “resilientes”, o que reflete uma “tendência positiva para o setor de aviação e a boa execução da Azul”.

A Azul tem mais de 900 voos diários para mais de 160 destinos. Segundo o BTG, é a única companhia aérea em cerca de 80% de suas rotas, presente em mais de 100 cidades brasileiras.

BALANÇO FINANCEIRO

A Azul teve prejuízo líquido ajustado de R$ 1,81 bilhão no 1º trimestre, quando considerados os fatores não recorrentes, como volatilidade na cotação do câmbio.

O Ebitda, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, foi de R$ 1,39 bilhão. Queda de 2,1%. A margem Ebitda foi de 25,7%, redução de 4,6 pontos percentuais. A empresa defende que a desvalorização do real em relação ao dólar americano, os preços de combustível mais altos e a inflação contribuíram para essa queda.

A receita líquida total da Azul subiu para R$ 5,39 bilhões no 1º trimestre de 2025. Aumentou 15,3% ante o mesmo período de 2024.

Já a dívida bruta da companhia foi de R$ 34,66 bilhões, com alta de 2,9% em relação ao 4º trimestre de 2024. Em relação ao 1º trimestre de 2024, aumentou 42,2%.

MENSAGEM DE OTIMISMO

Em mensagem da administração, o CEO da Azul, John Rodgerson, comemorou a receita operacional recorde de R$ 5,39 bilhões no 1º trimestre. Afirmou que o ambiente é de demanda “robusta”.

De acordo com Rodgerson, o ambiente de demanda forte aumentou a capacidade da empresa, que transportou quase 8 milhões de passageiros no 1º trimestre de 2025. Aumentou em 10% em relação ao mesmo período do ano passado.

O executivo atribuiu o desempenho do resultado operacional da companhia à desvalorização do real em relação ao dólar. Afirmou que a inflação anualizada de 5,5% e o encarecimento de 3% nos preços dos combustíveis também impactaram os lucros.

“Azul está bem-posicionada para capitalizar as oportunidades emergentes tanto nos mercados domésticos quanto internacionais. Manteremos o foco em otimizar nossa malha para maximizar a rentabilidade, permanecendo atentos na gestão de custos e aprimorando a experiência do cliente”, disse Rodgerson.

O CEO declarou que a Azul fez progressos significativos para a redução da dívida e a alavancagem da empresa.

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