Investing.com - No início da sessão desta quinta-feira na bolsa paulista, as ações da Ultrapar (SA:UGPA3) operam com desvalorização de 2,40% a R$ 42,74, tendo como pano de fundo a divulgação do resultado do terceiro trimestre na noite de ontem. A companhia teve lucro líquido do período de R$ 323,2 milhões, queda de cerca de 41% ante mesma etapa de 2017, mas avançou 34,3 por cento em relação ao trimestre anterior.
Na visão da Mirae Asset, os números da dona da Ipiranga vieram fracos e dentro do esperado. Os números foram impactados pela greve dos caminhoneiros e o resultado da Oxiteno veio bem forte, ajudando a neutralizar parte do impacto negativo da Ipiranga.
Para aos analistas, quando o resultado é comparado com o da Ipiranga em relação ao 2T18, já se verifica melhora de vendas e de margens indicando que a recuperação está ocorrendo. A corretora segue otimista com a UGPA3, esperando uma melhora de margens mais significativa em 2019. Eles lembram que isso já deve ser observado no 4T18. A recomendação segue de compra, com upside de 20%.
A receita líquida de julho a setembro somou 23,8 bilhões de reais, volume 17 por cento maior sobre um ano antes e alta de 5 por cento conta o trimestre imediatamente anterior.
A divisão Ipiranga, de postos de combustíveis e responsável por 84 por cento das receitas do conglomerado, viu o faturamento líquido crescer 17 por cento ano a ano.
O mesmo efeito que ajudou na expansão desta linha, o aumento médio dos preços, foi o que também fez a despesa com produtos vendidos subir 21 por cento na comparação dos mesmos períodos. O volume vendido cresceu 2 por cento.
Com isso, o resultado operacional da Ultrapar medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado somou 850 milhões de reais, recuo de 30 por cento contra mesma etapa do ano passado, porém avançando 18 por cento em relação ao segundo trimestre.
A Ultrapar argumentou que tivera um cenário de custos de combustíveis mais favorável no terceiro trimestre de 2017. Além disso, agora teve um efeito negativo de 24 milhões de reais gerado pela greve dos caminhoneiros, que parou o país na segunda metade de maio.