Investing.com - As ações da Cielo (SA:CIEL3) tinham queda depois de a empresa registrar resultados fracos para o terceiro trimestre, à medida em que os efeitos da Covid-19 ampliaram a pressão sobre as margens da companhia, que já vinha sofrendo com a concorrência crescente. A Cielo registrou lucro de R$ 100,4 milhões, queda de 71,5% ante o 3T19.
Às 10h58, os papéis operavam a R$ 3,81, em baixa de 1,3%.
Na perspectiva da XP, como os resultados já eram antecipados, as ações não devem apresentar reação no pregão de hoje. A corretora mantém recomendação Neutra e preço-alvo de R$ 5, devido ao cenário competitivo e à disrupção regulatória.
Já para o Safra, que tem preço-alvo de R$ 6 e recomendação Neutra para as ações, a fraca dinâmica dos lucros deve persistir pois, embora o banco considere que o 2T foi o fundo do poço para a companhia, acredita que ainda há um longo caminho para a empresa sair deste cenário.
Na mesma linha, a Mirae Asset concorda que o cenário segue desafiador, mas recomenda Compra para investidores com perfil de longo prazo, com preço-alvo de R$ 5,36.
Para o BTG Pactual, os números reportados pela Cielo foram consideravelmente melhores do que o esperado, mas o banco pontua que a companhia precisa passar por mudanças. O banco também tem recomendação Neutra, com preço-alvo de R$ 5.
Balanço
O volume de pagamentos processados pela Cielo de julho a setembro, de 165,6 bilhões de reais, subiu 29,4% na medição sequencial, mostrando gradual recuperação em relação ao período mais crítico da pandemia, mas foi 3,6% menor no comparativo anual. A receita líquida somou 2,88 bilhões de reais, subindo 17,6% sobre o trimestre anterior, mas apenas 2,9% ano a ano.
A receita com antecipação de recebíveis, por outro lado, somou 94,6 milhões de reais, recuo sequencial de 31,3% e de 67,5% contra um ano antes.
Enquanto isso, os gastos totais somaram 2,7 bilhões de reais, aumento de 14,3% sobre mesma etapa de 2019.
Assim, o resultado operacional medido pelo Ebitda totalizou 480 milhões de reais, retração de 33,7% sobre um ano antes. A margem Ebitda despencou de 25,8% para 16,7%.
--Com colaboração da Reuterss