Por Marcelo Rochabrun
SÃO PAULO (Reuters) - A General Motors (NYSE:GM) planeja manter suas fábricas no Brasil paradas por pelo menos mais 60 dias a partir da segunda-feira, afirmou a companhia nesta quinta-feira, em meio à votação do último grupo de trabalhadores sobre sua proposta de enfrentamento da crise gerada pela epidemia de coronavírus.
As fábricas da GM no Brasil estão fechadas desde 23 de março e a montadora colocou os funcionários em férias coletivas no dia 30 do mês passado em meio às medidas de quarentena adotadas por Estados e municípios.
O prazo de paralisação deixa a GM atrás de cronogramas definidos para retomada de trabalhos em fábricas de montadoras europeias, que estão afirmando que pretendem voltar a produzir até o final deste mês. Nos Estados Unidos, montadoras incluindo Fiat Chrysler e Toyota esperam retomar a produção no começo de maio.
A GM não definiu prazo para reabertura de fábrica em outras regiões do mundo.
A montadora norte-americana afirmou que a maioria de seus funcionários no Brasil aceitaram o plano de fechamento das fábricas e redução de salário em até 25%. A base sindical que ainda não decidiu, São José dos Campos (SP), deve terminar a votação na noite desta quinta-feira.
Se a crise do coronavírus não permitir a retomada das fábricas dentro de 60 dias, a GM poderá prorrogar a paralisação para 90 dias, segundo documento visto pela Reuters.