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Covid cai pela metade em plataformas da Petrobras, enquanto contágios avançam no país

Publicado 12.03.2021, 17:03
Atualizado 12.03.2021, 17:10
© Reuters. Petroleiro em plataforma da Bacia de Santos
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Por Marta Nogueira

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Os casos de Covid-19 em plataformas de petróleo e gás da Petrobras (SA:PETR4) caíram pela metade na última semana de fevereiro ante a última semana de 2020, informou a petroleira à Reuters, enquanto batalha para evitar o vírus no coração de suas operações.

O mesmo movimento é verificado na indústria de óleo e gás, conforme dados da reguladora ANP, que registrou um pico de casos desde o início da pandemia no final do ano passado. A Petrobras, empresa com maior número de operações em plataformas no Brasil, não detalhou se também teve uma alta nas ocorrências de Covid-19 entre seus funcionários no fim de 2020.

Segundo a Petrobras, o recuo recente nos registros de doentes nas unidades produtoras, que ocorre justamente em um momento em que o Brasil registra picos da doença e de mortes, mostra como rigorosos protocolos podem evitar que os ambientes de confinamento, como plataformas, "reflitam um aumento de casos ocorrido na sociedade".

Além de minimizar riscos para os funcionários, o monitoramento da petroleira reduz, como consequência, chances de paradas na operação --no segundo trimestre do ano passado, a produção da companhia sofreu impacto da interrupção temporária de quatro plataformas afretadas, nas bacias de Santos e Campos.

"O aumento de incidência da Covid-19 no país tem reflexo entre os colaboradores da Petrobras, mas observando-se apenas as unidades offshore, entre a última semana de 2020 e a última semana de fevereiro, a companhia registrou redução cerca de 50% no número de casos", afirmou a empresa em nota.

Além disso, não há registro de plataformas paradas atualmente por conta de casos de coronavírus, segundo a reguladora ANP.

A Petrobras informou que havia 255 casos vigentes de empregados confirmados em 11 de março, dos quais 38 atuam em regime de embarque, dentro de um universo de cerca de 45 mil funcionários.

Em contraste, no 21 a 27 de fevereiro (semana epidemiológica), o país teve a terceira maior média diária de casos de Covid desde o início da pandemia, com mais de 54 mil casos por dia, alta de quase 51% ante a última semana epidemiológica do ano passado, de média de 35,8 mil por dia, segundo dados do Ministério da Saúde.

Na semana passada, o Brasil registrou 60,2 mil casos por dia, a maior média diária já registrada desde o início da pandemia.

SEM PARADAS

A situação atual na indústria de petróleo e da Petrobras, descolada do restante do país, não foi uma constante durante o avanço da pandemia no Brasil, que já dura mais de um ano.

Painel dinâmico da ANP sobre dados de Covid mostra um pico de casos em plataformas entre dezembro e janeiro, quando os casos já estavam altos no restante do Brasil.

Além disso, levantamento da reguladora à Reuters indicou que oito plataformas chegaram a ser paralisadas desde março do ano passado por motivos de Covid-19, o que não ocorre atualmente.

As ocorrências, segundo a agência, foram em períodos diferentes cada uma, em cada um dos meses entre abril e novembro.

A reguladora ANP registrou 4.633 casos acumulados de Covid-19 em empresas de exploração e produção de petróleo até 12 de março, dentre os quais 3.297 profissionais acessaram instalações marítimas de perfuração e produção de petróleo e gás natural.

Desde o início da pandemia, foram registradas seis mortes por coronavírus entre os profissionais que trabalham em instalações offshore.

MEDIDAS PREVENTIVAS

Para evitar o vírus, a Petrobras realizou mais de 600 mil testes até agora, adotou o uso obrigatório de máscaras e alterou rotinas para viabilizar o distanciamento e reforço na higienização.

Nas plataformas, o protocolo envolve também uma quarentena domiciliar por 14 dias antes do embarque e teste diagnóstico RT-PCR antes do embarque, que impede a entrada nas unidades de funcionários com resultados positivos. As unidades operam ainda, atualmente, com cerca de 20% de redução no efetivo a bordo, em média, segundo a Petrobras.

A companhia ponderou que, mesmo com a testagem pré-embarque, é possível que algum colaborador embarque com o vírus, uma vez que o período de incubação varia.

"O protocolo também inclui a identificação tempestiva pessoas sintomáticas e seus contactantes a bordo, de modo que seja possível viabilizar rapidamente o isolamento, desembarque e assistência de saúde. O rastreio de contactantes também ajuda a identificar casos assintomáticos e evitar a propagação do vírus."

Para atividades que podem ser realizadas remotamente, a Petrobras adotou o teletrabalho, que foi prorrogado em virtude do aumento dos casos no Brasil, e a companhia também reduziu efetivo nas unidades operacionais em terra, onde adotou em caráter temporário o turno de 12 horas, que reduz a rotatividade e possibilidade de contágio.

© Reuters. Petroleiro em plataforma da Bacia de Santos

A Petrobras frisou que, além de série de medidas rigorosas, reavalia protocolos "constantemente de acordo com a evolução do cenário e as orientações das autoridades sanitárias".

(Por Marta Nogueira; reportagem adicional de Pedro Fonseca)

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