Money Times - O Credit Suisse elevou o preço-alvo para as ações da Vale (SA:VALE5) e manteve a recomendação neutra, enquanto avalia que a mineradora precisa chegar a um nível mais adequado de alavancagem antes de realizar novas aquisições, mostra um relatório enviado a clientes nesta quarta-feira (13) e assinado por Ivano Westin, Renan Criscio e Rafael Cunha.
Os analistas ressaltam que a Vale precisa, em uma primeira fase, se concentrar nas medidas internas operacionais, como a melhora no preço de venda do minério de ferro, encerramento de operações que não contribuem para a geração de fluxo de caixa operacional, além de reduções de outros investimentos.
Já em uma segunda fase, o Credit Suisse entende que a mineradora deveria colocar o crescimento como uma prioridade a partir do segundo semestre do ano que vem. Neste momento, avalia o banco, e quando tiver o nível adequado de alavancagem, é a hora de buscar aquisições de pequeno e médio porte.
“Não esperamos movimentos relevantes de fusões e aquisições nos próximos 12 meses”, afirmam Westin, Criscio e Cunha.
A revisão do preço-alvo para os papéis negociados em Nova York (VALE), que representam as ações ordinárias (VALE3 (SA:VALE3)), de US$ 8 para US$ 9,50 reflete a decisão de assumir na avaliação um preço médio de US$ 60 para a tonelada do minério de ferro em 2018.
Ativos da Cemig (SA:CMIG4)
O banco também avalia que a ideia de ofertar pelas concessões de três usinas da Cemig (Jaguara, São Simão e Miranda) por meio da Aliança, empresa em que é parceira da mineira com 55%, não irá atrapalhar a estratégia da Vale. “Qualquer investimento a ser feito seria simplesmente para combinar as necessidades energéticas da empresa com seu próprio fornecimento cativo, visando melhorar as operações e redução de custos”, afirmam.
Para os analistas, a aquisição faria com que a Vale dobrasse a sua capacidade de produção de energia (considerando 100% da produção das usinas). “Ainda assim, a transação poderia dar suporte para a Vale no seu caminho de encontrar a autossuficiência em termos de eletricidade no Brasil”, ressalta o relatório.